
Uma mulher identificada como
Maria Valdeni da Silva Alencar, autora de um crime bárbaro que chocou a
população da cidade de Padre Marcos e ganhou repercussão em todo o Estado do
Piauí, foi levada a julgamento em uma sessão do Tribunal de Popular do Júri.
Conforme a denúncia, o crime
ocorreu no dia 16 de novembro de 2013. A vítima foi a própria neta, uma criança
recém nascida, com apenas um dia de vida, filha de Evilândia da Silva Alencar.
A criança foi morta por asfixia e enterrada pela acusada no quintal da própria
casa. Maria Valdeni foi presa cinco dias após o crime e o cadáver encontrado.
O Ministério Público requereu a
condenação da acusada pela prática de dois crimes, de homicídio duplamente
qualificado, por motivo torpe e com emprego de asfixia, e de ocultação de
cadáver.
Após os debates, o Conselho de
Sentença, em votação secreta, decidiu pela condenação da acusada. Ao final,
somadas as penas, Maria Valdeni da Silva Alencar foi condenada a 41 anos e 2
meses de prisão e ao pagamento de 30 dias multa.
Foi negado o direito da ré
recorrer da sentença em liberdade e foi determinado a expedição imediata do
mandado de prisão e da guia de recolhimento provisória. Ela saiu do julgamento
conduzida pela Polícia Militar, foi levada ao Grupamento local, de onde será
transferida para a Penitenciária Feminina de Picos.

O crime - Maria Valdeni quis
ocultar a gravidez da filha Evilândia da Silva Alencar, na época do crime, com
14 anos de idade, como também, o nascimento da criança. O parto aconteceu no dia
15 de novembro de 2013, no Hospital Regional Justino Luz, em Picos. No dia 16,
as três – Maria Valdeni, Evilândia e a criança recém nascida – retornaram a
Padre Marcos. As duas viagens foram feitas em um carro particular, fretado.
Na cidade, haviam apenas
suspeitas sobre a gravidez. Ao tomar conhecimento, a polícia passou a
investigar o caso. Maria Valdeni e Evilândia revelaram a gestação. Valdeni, no
entanto, informou que a criança havia nascido prematura, que não resistiu e
faleceu. A polícia apurou que junto ao Hospital onde ocorreu o parto, que o
bebê nasceu após 34 semanas de gestação, de parto normal, pesando 3,1 kg e
saudável. A Declaração de Nascido Vivo (DN), documento de identidade provisória
expedido pelo Hospital, atestou que a criança deixou o centrou de saúde, no
sábado (16), com vida.

Exames realizados
pelo Instituto Médico Legal revelaram que a criança foi morta por asfixia
Diante dos indícios, Maria
Valdeni foi presa, autuada em flagrante e denunciada pelo Ministério Público
pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Tempo depois foi
solta pela justiça e permaneceu em liberdade até o julgamento.
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