
A agonia de pescadores chama
atenção de quem passa pelo município de Nova Jaguaribara. A população que um
dia viveu da abundância de peixes e um comércio próspero, hoje buscas
alternativas para tirar o sustento diário.
A cidade fica ao lado do maior
açude do Brasil, o Castanhão. O reservatório está pela primeira vez no volume
morto, com 3,15% de capacidade de armazenamento. E a seca traz prejuízos.
Pescadores afirmaram que atualmente lucram cerca de 10% do que recebiam há seis
anos.
A fartura e o prato cheio são relembrados pelo
pescador e comerciante José Ubiratan da Silva, de 42 anos. José conta com entusiasmo
como o Castanhão o ajudou a construir uma boa casa na Vila Marizeira, em Nova
Jaguaribara. “Tudo que tenho hoje, o que vocês estão vendo aqui, uma boa casa
para o padrão daqui, foi construído graças à pescaria no Castanhão”, conta,
satisfeito e orgulhoso.
José Ubiratan relata que no auge
do Castanhão, em um mês, faturava até R$ 4 mil com a pesca. "Era uma
abundância sem fim. Muito cará, pescada, traíra, pirambeba e tilápia. Até
camarão! Eu lucrava algo em torno de R$ 3 mil e R$ 4 mil por mês. Muito peixe,
muita alegria. Vinha gente de longe comprar peixe aqui. Gente da Paraíba, Rio
Grande do Norte e Pernambuco", conta.
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