quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Maior açude do país, Castanhão atinge volume morto e lucro dos pescadores cai em 90%

Onde havia água, a imensidão azul sem fim ficou um risco no chão e poeira. Situação atual assusta pescadores do Castanhão. (Foto: Gioras Xerez/G1 Ceará)
A agonia de pescadores chama atenção de quem passa pelo município de Nova Jaguaribara. A população que um dia viveu da abundância de peixes e um comércio próspero, hoje buscas alternativas para tirar o sustento diário.
A cidade fica ao lado do maior açude do Brasil, o Castanhão. O reservatório está pela primeira vez no volume morto, com 3,15% de capacidade de armazenamento. E a seca traz prejuízos. Pescadores afirmaram que atualmente lucram cerca de 10% do que recebiam há seis anos.
 A fartura e o prato cheio são relembrados pelo pescador e comerciante José Ubiratan da Silva, de 42 anos. José conta com entusiasmo como o Castanhão o ajudou a construir uma boa casa na Vila Marizeira, em Nova Jaguaribara. “Tudo que tenho hoje, o que vocês estão vendo aqui, uma boa casa para o padrão daqui, foi construído graças à pescaria no Castanhão”, conta, satisfeito e orgulhoso.
José Ubiratan relata que no auge do Castanhão, em um mês, faturava até R$ 4 mil com a pesca. "Era uma abundância sem fim. Muito cará, pescada, traíra, pirambeba e tilápia. Até camarão! Eu lucrava algo em torno de R$ 3 mil e R$ 4 mil por mês. Muito peixe, muita alegria. Vinha gente de longe comprar peixe aqui. Gente da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco", conta.

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