
As capinhas são
vendidas nas ruas do Centro da cidade
O monitoramento eletrônico de
presos da Justiça cearense parece não ser levado mesmo a sério pelos
criminosos. Além da ausência de fiscalização que deveria ser feita sobre
aqueles que deixam a cadeia usando o equipamento, os detentos que cumprem
medidas cautelares ou liberdade provisória conseguem facilmente driblar o
sistema e até se desfazer do aparelho.
Mas agora, eles também podem disfarçar ou “embelezar” a famosa tornozeleira.
No Centro de Fortaleza,
vendedores ambulantes estão vendendo capas para serem usadas pelos detentos.
São semelhantes àquelas colocadas em celulares. Tem para todo o gosto, com
estampas, cores e personagens de filmes, desenho animado e outros.
Já no dia a dia, os presidiários
que usam os aparelhos não são mesmo monitorados. Diariamente há registros de
bandidos praticando crimes, ou mesmo sendo mortos, enquanto estão com as
tornozeleiras.
Segundo dados constantes do
último boletim sobre gestão penitenciária do estado, publicado no site da
Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejus), atualmente 1.696 presidiários
usam o aparelho no Ceará. Desse total, 88 são considerados foragidos do
Sistema. Outros 66 estão nas ruas com os aparelhos devido à progressão de
regime (do fechado para o semiaberto).
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