terça-feira, 19 de dezembro de 2017

A MANDO DE FACÇÃO - Ex-presidiária é executada na calçada de casa em Jaguaribe

maria
Maria Auricélia era monitorada por tornozeleira eletrônica, já que, há três meses, foi acusada de arremessar para o interior da Cadeia Pública de Jaguaribe um saco cheio de facas, a mando de um dos integrantes do Comando Vermelho

Uma mulher foi executada com pelo menos 17 tiros na noite da última segunda-feira (18), no município de Jaguaribe, interior do Ceará. De acordo com a polícia, a vítima, Maria Auricélia Saldanha Diógenes, de 35 anos, foi abordada por dois homens quando estava em sua residência, sendo alvejada na calçada de casa. A dupla chegou em uma motocicleta e fugiu do local após a ação criminosa.
Conforme a polícia, Maria Auricélia era ex-presidiária e respondia por tráfico de drogas e outros delitos, além de ter ligações com o Comando Vermelho (CV). A vítima, inclusive, era monitorada por tornozeleira eletrônica, já que, há três meses, foi acusada de arremessar para o interior da Cadeia Pública de Jaguaribe um saco cheio de facas, a mando de Antônio Bruno Torquato Rocha, o Bruno Barrão, um dos integrantes da facção criminosa.
Após o crime, uma equipe da 3ª Companhia do 1º Batalhão da PM de Jaguaribe, iniciou diligências no município e prendeu Michel Jhonata Alves Silva, de 21 anos, além de apreender um menor de 16 anos. Os dois suspeitos, que já eram investigados por tráfico de drogas e outros homicídios na região, confessaram serem os autores da execução.
Com a dupla, a polícia também encontrou celulares com áudios do detento Rafael Cambado, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa rival do CV, questionando se "o serviço para a morte de Auricélia teria dado certo". Michel foi autuado por homicídio e associação criminosa. O menor, por sua vez, responderá a um ato infracional e será encaminhado para Delegacia da Criança e do Adolescente, em Fortaleza.
Mandante também responderá - Com os áudios encontrados, Rafael Cambado, que está preso em Fortaleza, também responderá judicialmente pela morte de Auricélia. A vítima, segundo a polícia, também era suspeita de estar arquitetando, a mando do CV, uma fuga em massa na Cadeia Pública de Jaguaribe. Ela já havia sido presa por porte ilegal de arma de fogo.

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