Maria Auricélia era monitorada por tornozeleira
eletrônica, já que, há três meses, foi acusada de arremessar para o interior da
Cadeia Pública de Jaguaribe um saco cheio de facas, a mando de um dos
integrantes do Comando Vermelho
Uma mulher foi executada com
pelo menos 17 tiros na noite da última
segunda-feira (18), no município de Jaguaribe, interior do
Ceará. De acordo com a polícia, a vítima, Maria Auricélia Saldanha Diógenes,
de 35 anos, foi abordada por dois homens quando
estava em sua residência, sendo alvejada na calçada de casa. A dupla chegou em
uma motocicleta e fugiu do local após a ação criminosa.
Conforme
a polícia, Maria Auricélia era ex-presidiária e
respondia por tráfico de drogas e outros delitos, além de ter ligações com o Comando
Vermelho (CV). A vítima, inclusive, era monitorada por tornozeleira
eletrônica, já que, há três meses, foi acusada de arremessar
para o interior da Cadeia Pública de Jaguaribe um saco
cheio de facas, a mando de Antônio Bruno Torquato Rocha, o
Bruno Barrão, um dos integrantes da facção criminosa.
Após
o crime, uma equipe da 3ª Companhia do 1º Batalhão da PM de Jaguaribe, iniciou
diligências no município e prendeu Michel Jhonata Alves Silva,
de 21 anos, além de apreender um menor de 16 anos. Os
dois suspeitos, que já eram investigados por tráfico de drogas e outros
homicídios na região, confessaram serem os autores da execução.
Com
a dupla, a polícia também encontrou celulares com áudios do detento Rafael
Cambado, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC),
facção criminosa rival do CV, questionando se "o serviço para a morte de
Auricélia teria dado certo". Michel foi autuado por homicídio e associação
criminosa. O menor, por sua vez, responderá a um ato infracional e será
encaminhado para Delegacia da Criança e do Adolescente, em Fortaleza.
Mandante também responderá - Com
os áudios encontrados, Rafael Cambado, que está preso em Fortaleza, também
responderá judicialmente pela morte de Auricélia. A vítima, segundo a polícia,
também era suspeita de estar arquitetando, a mando do CV, uma fuga em massa na
Cadeia Pública de Jaguaribe. Ela já havia sido presa por porte ilegal de arma
de fogo.
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