quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Após atentado - Estado decide fornecer armas de fogo para agentes penitenciários

As armas que serão cedidas aos agentes foram compradas com verba do Fundo Penitenciário

Um total de 2.160 agentes penitenciários cearenses vai receber armas de fogo para sua proteção individual. A decisão foi tomada nesta terça-feira (19) pelas autoridades após o grave atentado ocorrido no último fim de semana, quando criminosos usando fuzis e submetralhadoras tentaram contra a vida da ex-titular da Coordenadoria do Sistema Penitenciário (Cosipe), Socorro Matias, e seu esposo, também agente penitenciário.
Uma reunião foi realizada na tarde de terça-feira entre a secretária da Justiça e da Cidadania, procuradora de Justiça, Socorro França, e representantes da categoria, através do Sindicato dos Agentes e Servidores do Sistema Penitenciário do Ceará (Sindasp).
Os 2.160 agentes penitenciários receberão pistolas automáticas que foram adquiridas pelo estado através do Fundo Penitenciário. Eles deverão passar por treinamento para o uso do equipamento.

Atentado - No começo da tarde do domingo passado (15), bandidos fortemente armados e usando um carro roubado e com placas clonadas tentaram matar a ex-coordenadora da Cosipe, Socorro Matias, e o seu marido. Imagens gravadas por câmeras localizadas nas proximidades da casa dos servidores, no bairro João XXIII, mostram a ação criminosa.
Os bandidos usavam capuzes para impedir que fossem identificados. Eles descem do carro já com armas em punho e começam a atirar. A Polícia apurou que os criminosos tentaram invadir a residência, mas o agente penitenciário reagiu, estabelecendo um confronto com os criminosos. Depois de disparar rajadas contra a casa, os desconhecidos trataram de fugir.
Logo depois, com a Polícia Militar já no local, veio a informação de que o carro usado pelos atiradores havia sido encontrado abandonado no mesmo bairro onde ocorreu o ataque. O agente ferido foi encaminhado ao hospital e está se restabelecendo. A casa passou a ser protegida por policiais militares e equipes do Grupo de Apoio Penitenciário (GAP), unidade de elite e de intervenção tática do Sistema Penal cearense.

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