
Advogada Alexandrina
Cabral Pessoa está foragida após a decretação de sua prisão preventiva
A advogada cearense Alexandrina Cabral Pessoa, 36 anos, e seu companheiro, o
sargento da Polícia Milita, Dickson Ferguson Soares de França, estão sendo
procurados pela Polícia e pelo Ministério Público Estadual. Os dois fazem parte
de uma lista de 14 pessoas denunciadas por envolvimento com o tráfico de drogas
praticado por uma quadrilha que seria ligada à facção PCC.
Os dois foram investigados
durante dois anos e meio pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Ações do
Crime Organizado (Gaeco) e tiveram o sigilo telefônico quebrado. A escuta
autorizada judicialmente revelou que o casal estaria associado a traficantes de
drogas em Caucaia, Fortaleza e Maracanaú, e praticando o crime de embaraço às
investigações em crimes envolvendo organizações criminosas.
Além disso, segundo investigação
do Ministério Público, em parceria com os traficantes e chefes de quadrilhas
ligadas ao PCC, Leandro de Sousa Teixeira Francisco Márcio Teixeira Perdigão
(também sequestrador e assaltante de bancos), o casal teria subornado o
delegado de Polícia Civil, Francisco Enéas Barreira Maia, com uma propina de R$
20 mil, em abril do ano passado, para beneficiar um traficante preso. O
delegado também foi investigado e denunciado criminalmente.
Desapareceu - O resultado da
investigação desaguou na “Operação Saratoga”, realizada na última quinta-feira
(14). O casal teve prisão preventiva decretada pelo juiz Magno Gomes de
Oliveira, titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Caucaia, mas não foi
encontrado durante as diligências realizadas por policiais e promotores de
Justiça. A advogada desapareceu da
cidade antes do cumprimento do mandado de busca e apreensão em sua residência,
na cidade dos Funcionários, em Fortaleza.
O sargento Dickson Ferguson
Soares França já tinha antecedentes criminais. Ainda como soldado, foi preso em
abril de 2015 de posse de um carro roubado (e placa clonada) e a quantia de R$
5 mil, juntamente com mais dois PMs. Os três foram flagrados por policiais da
Delegacia de Assuntos Internos (DAÍ) da Controladoria Geral de Disciplina dos
Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGD).
A prisão de Dickson e dos dois
colegas de farda ocorreu na Praça do Conjunto Polar. Na época foi revelado que
eles já estavam sendo monitorados pela Controladoria. A acusação era de que
estariam apreendendo carros de criminosos e exigindo dinheiro para liberá-los.
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