
Cenário do local da
chacina em Cajazeiras, na manhã após o crime
A chacina da Candelária, em 23 de
julho de 1993, tornou-se ícone desse tipo de massacre no Brasil. Na ocasião,
oito crianças e adolescentes foram assassinados quando dormiam nas proximidades
da Igreja da Candelária. As investigações apontaram envolvimento de policiais.
O crime chocou o Brasil. Nos últimos três dias, o Ceará teve duas chacinas nas
quais o número de mortes supera o da Candelária.
Somados, os assassinatos
ocorridos nos massacres de sábado passado, 27, no bairro Cajazeiras, em
Fortaleza, e nesta segunda-feira, 29, são o triplo dos registrados no centro do
Rio há 25 anos.
No último sábado, 14 pessoas
foram mortas na festa "Forró do Gago", no bairro Cajazeiras. Pelo
menos 18 pessoas foram atendidas em hospitais e cinco passaram por cirurgia.
Nesta segunda-feira, foram
confirmadas ao menos 10 mortes na cadeia de Itapajé.
Grande Messejana - Há dois anos e
dois meses, a chacina que até então era a maior já registrada no Estado havia
deixado 11 mortos, número também superior ao da Candelária. Assim como ocorreu
agora em Cajazeiras, aquele massacre também ocorreu na Grande Messejana. Em
ambos, adolescentes foram assassinados.
Em 12 de novembro de 2015, 11
pessoas foram assassinadas nos bairros Curió, Alagadiço Novo, Lagoa Redonda e
São Miguel, todos na Grande Messejana. Uma das vítimas tInha 16 anos, cinco
tinham 17 anos, um tinha 18 anos, um tinha 19, um de 37 e dois de 41 anos.
Chegaram a ser denunciados 45
policiais militares. Foi acatada denúncia contra 44, todos preventivamente
presos. Posteriormente, dez deles tiveram processos arquivados e foi decidido
que 34 irão a júri popular. Dos 44 presos inicialmente, 43 tiveram prisão
revogada. Só ficou detido um, envolvido no crime que teria desencadeado a
chacina.
Não há previsão de irem a
julgamento pelo crime que completou dois anos e dois meses.
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