No próximo dia 6 de janeiro, no
sítio Aroeira, zona rural de Orós, um grupo de agricultores e de incentivadores
da cultura popular de observação sobre chuvas mantém viva a tradição. Reunidos
sob a sombra de um pé de cajarana, os participantes do encontro trocam
experiências e falam sobre a possibilidade ou não de chuva para este ano.
Cada participante traz o seu
relato, a sua experiência. O sertanejo depende da chuva para plantar e para ter
água de beber e matar a sede dos animais. Depois de seis anos seguidos de chuva
abaixo da média, nessa época do ano, os olhos estão voltados para o céu, para
as plantas e para a natureza. É tempo de observação e de troca de conhecimento popular
entre os agricultores.
No sítio Aroeira, o Encontro dos
Guardadores de Experiências Populares de Chuva e de Sementes no Sertão, é realizado
sempre no Dia de Reis.
O autor do projeto é o poeta e
músico, Zé Vicente, que avisa: “Não é uma reunião de profetas, mas de
guardadores de experiências populares, para manter viva a história, o costume
do sertanejo, a preservação ambiental. Aqui ninguém se preocupa se erra ou
acerta”.
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