domingo, 21 de janeiro de 2018

Mais um suspeito é preso suspeito de morte de crianças em ritual

Corpos de duas crianças foram encontrados em caixa de papelão e sacos plásticos em matagal em Novo Hamburgo, no dia 4 de setembro (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
Corpos de duas crianças foram encontrados em caixa de papelão e sacos plásticos em matagal em Novo Hamburgo

Mais um suspeito da morte de duas crianças em um suposto ritual em Novo Hamburgo foi preso na praia de Quintão, no litoral norte do RS, na tarde de sábado (21), segundo a polícia.
Paulo Ademir Norbert da Silva, que era considerado foragido, é sócio de Jair da Silva, o homem que teria encomendado o ritual. Paulo é o quinto preso deste caso, e dois homens seguem foragidos.
O líder do templo investigado, Silvio Fernandes Rodrigues, é apontado como autor do suposto ritual, e está preso desde 27 de dezembro. Ele teve o pedido de liberdade negado pela Justiça, mas a defesa diz que vai recorrer.
Também estão presos dois empresários, que teriam contratado o ritual, e um ajudante de um deles.
A investigação começou após corpos terem sido encontrados em sacos plásticos em um matagal na cidade de Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos. Após a primeira descoberta, mais partes foram encontradas, a cerca de 500 metros do primeiro lugar. As cabeças das vítimas ainda não foram localizadas.

O caso - Os corpos das crianças foram encontrados em setembro de 2017 às margens de uma estrada em Novo Hamburgo. Exames de DNA indicam que eles são irmãos por parte de mãe, um menino de 8 anos, e uma menina de 12.
A perícia apontou ainda que uma das crianças tinha ingerido uma grande quantidade de álcool, 14 vezes maior que o nível de embriaguez. Outras perícias ainda são aguardadas.
No dia 27 de dezembro foi preso o líder do templo satânico, apontado como responsável pelo ritual, e outros dois homens, e em janeiro foi preso o quarto suspeito. A polícia acredita que dois empresários pagaram R$ 25 mil por um ritual de prosperidade no qual as crianças teriam sido mortas.
Os crânios das crianças ainda não foram localizados, e a identidade delas ainda não foi determinada. A polícia também aguarda o retorno sobre pedidos de quebra de sigilo telefônico nos aparelhos apreendidos com os presos.
Vizinhos do templo negam que houvesse sacrifício de animais ou de pessoas durante os rituais, assim como a esposa do líder. As quatro pessoas já presas negam que se conheçam e que tenham participado do ritual.

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