A Polícia Civil de Quixeramobim
está investigando três crimes, de tortura, assumidos por membros de uma facção
criminosa, registrados em vídeos e espalhados nas redes sociais. O delegado
Cláudio Martins, à frente dos trabalhos, confirmou que os atos bárbaros foram
praticados na cidade. As vítimas já foram identificadas, mas a Polícia não
forneceu mais detalhes, exceto da instauração de inquéritos para apurar os
crimes. Os autores responderão também por associação criminosa.
Em um dos vídeos, por esperar o
filho e um membro de uma facção rival e ter postagens nas redes sociais, uma
mulher foi torturada, agredida fisicamente e ainda teve os seus cabelos
cortados e raspados por três indivíduos, um deles utilizando um capacete, o
segundo uma balaclava e o terceiro não mostrando o rosto no vídeo. Eles
ameaçavam a vítima com revólveres. Utilizando linguagens em código,
classificaram o ato criminoso como um “castigo”.
Noutro vídeo um homem teve dois
dedos da mão direita decepados, a golpes de facão, também como castigo, por ter
amizade com outro membro da mesma facção rival. Sob ameaça de morte a vítima
foi obrigada a colocar os dedos sob uma mesa. Em seguida, uma voz, dizendo “no
três”. Logo depois os dedos foram decepados. Mesmo com os membros amputados, o
rapaz foi obrigado a se comportar como se nada tivesse ocorrido. As cenas são
fortes.
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