terça-feira, 23 de janeiro de 2018

PARCIALMENTE - Papa se desculpa por defesa a bispo acusado de assédio sexual

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Após críticas por ter afirmado inexistir prova contra acusado de pedofilia, Francisco se desculpou

O papa Francisco retornou nesta segunda-feira (22) da América Latina, após uma das viagens mais duras de seu pontificado, na qual foi obrigado a pedir desculpas por ter exigido "provas" às vítimas de abusos sexuais que acusam um bispo chileno.
O fervor dos peruanos presentes em massa para saudá-lo, em um país na qual a religiosidade popular ainda é vibrante, contrastou com uma acolhida mais fria no Chile, onde os escândalos de abusos sexuais cometidos por sacerdotes católicos mancham a imagem da Igreja Católica, em uma sociedade cada vez mais distante da instituição.
Ontem, o papa Francisco pediu desculpas às vítimas de abusos sexuais, após o escândalo provocado no Chile por seu apoio a um polêmico bispo, já que não há "provas" contra ele.
"O dia em que me derem uma prova contra o bispo Barros falarei com vocês. Não há uma prova contra ele. É tudo calúnia. Está claro?", disse, na quinta-feira passada, a jornalistas chilenos. Em um país no qual o Catolicismo perde terreno, Francisco chocou ao defender o monsenhor Juan Barros, suspeito de ter acobertado os atos de um padre pedófilo afastado do sacerdócio pelo Vaticano.
Algo essencial "é o que as vítimas de abusos sentem. E devo pedir desculpas, porque a palavra 'prova' feriu muitas vítimas. Mas eu tenho que procurar a evidência. E peço desculpas. É uma ferida (feita) sem querer", reconheceu de volta ao Vaticano.

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