
Deve chover na média e um pouco
mais em relação ao ano anterior. Esse foi o diagnóstico para a quadra invernosa
deste ano no Ceará, apresentado pela maioria dos 23 participantes do 22º
Encontro dos Profetas da Chuva, realizado na manhã deste sábado (13), em
Quixadá.
A surpresa ficou por conta de uma
colmeia de inchuí, pesando nove quilos, apresentada pelo profeta Erasmo
Barreira, e do período das chuvas, onde cinco deles apontam nas suas previsões
se tornarem mais frequentes já a partir desta segunda quinzena de janeiro, se estendendo
até meados de junho.
Apesar de preverem um bom tempo
para plantio e colheita no campo, para eles, as precipitações deste ano não
serão suficientes para repor a carga hídrica dos maiores açudes do Estado, o
Castanhão, o Orós e o Arrojado Lisboa, em Banabuiú. Poderá até cair mais água
em algumas regiões, enquanto noutras a incidência de chuvas permanecerá na
média, de qualquer forma aliviando um pouco mais a estiagem que se estendeu por
seis anos.
Para Helder Cortez e João Soares,
idealizadores e organizadores do Encontro, segundo eles o mais antigo e maior
do País, na avaliação geral dos cientistas populares, dessa vez contando com
mais representantes de outras regiões, e ainda o pesquisador Luiz Gonzaga
Campos, de Camocim, as previsões apontam para um bom inverno, como havia
ocorrido no ano anterior. Entretanto, para 2018, diversos fatores observados
por eles sinalizam para um quadro meteorológico ainda melhor.
Agora, é esperar começar a
chover, destacando a dupla que além da perspectiva da meteorologia popular, o
Encontro tem como objetivo preservar essa cultura herdada de geração a geração,
transformando o momento, realizado pelo segundo ano consecutivo no campus do
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), em Quixadá,
no entorno do Açude Cedro, em uma grande festa, onde o público pode acompanhar
as previsões de cada uma deles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário