
A prisão do
traficante em Fortaleza aconteceu em 2014
A Justiça Federal em Pernambuco
condenou a 55 anos e dois meses de prisão o traficante de drogas Enoque
Antônio, que se passava por empresário no Ceará usando nome falso. Ele foi
preso pela PF durante a “Operação Construtor”. Enoque seria um dos supostos
beneficiados com o esquema de venda de sentença no Tribunal de Justiça do
Ceará, pois recebeu um alvará de soltura do desembargador Francisco Pedrosa,
investigado na operação “Expresso 150”. Em 2013 ele causou um acidente em
Fortaleza, matando uma jovem grávida e logo foi solto através de um habeas
corpus obtido no TJCE.
A condenação do acusado de
tráfico internacional de drogas aconteceu no mês passado. No dia 19 de
dezembro, o juiz federal César Arthur Cavalcanti de Carvalho, titular da 12ª
Vara da Justiça Federal em Pernambuco assinou a sentença.
Enoque Antônio Rodrigues foi
preso em Fortaleza durante a “Operação Construtor”, desencadeada em Pernambuco.
Na Capital cearense ele se passava por empresário do ramo da construção
civil. Uma investigação da PF desencadeada
em 2014 desarticulou o esquema de tráfico internacional de drogas. O acusado gozava uma vida de rico em
Fortaleza e acabou se envolvendo em um trágico acidente que matou uma jovem
grávida de 8 meses.
Morte trágica e liberdade - O
caso ocorreu em 14 de dezembro de 2013, no bairro Curió, em Fortaleza quando,
comprovadamente embriagado e dirigindo um veículo importado em alta velocidade,
Enoque – que usava o nome falso de Marcelo Alencar Leite de Souza – causou o
acidente, deixando morta a jovem Camila Lopes Simão, 29 anos. Na ocasião, o falso
empresário dirigia um veículo Audi e colidiu com o automóvel da vítima. A
batida foi tão forte que o motor do carro de Camila explodiu e pegou fogo. Ela
morreu carbonizada.
Mesmo preso em flagrante após o
desastre, dias depois o traficante foi solto por meio de um habeas corpus
assinado pelo desembargador Francisco Pedrosa, então integrante da 1ª Câmara
Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará. No entanto, a concessão do habeas
corpus ao falso empresário faz parte da investigação oriunda da operação “Expresso
150”, que apontou Francisco Pedrosa como um dos desembargadores envolvido na
venda de sentenças e liminares nos plantões do TJCE.
Solto pela Justiça do Ceará mesmo
tendo praticado um crime de morte, Enoque agora deverá ir para a cadeia graças
a condenação recebida pela Justiça Federal em Pernambuco. Ele foi sentenciado
pelos crimes de associação para o tráfico, tráfico de drogas e lavagem de
dinheiro.
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