Após seis anos de estiagem, focada quase exclusivamente no
abastecimento de água para comunidades e cidades do Interior, a Coordenadoria
Estadual de Defesa Civil do Ceará (Cedec) se prepara para um novo desafio, as possíveis
inundações provocadas pelas águas da quadra chuvosa, se estendendo de fevereiro
a maio.
Além da
capital cearense, a atenção da Cedec se volta para as regiões onde forem
registradas mais chuvas e áreas muito povoadas, dentre lugarejos e cidades, nas
proximidades de cursos de rios.
Segundo a
Cedec, em razão das suas características físicas, sociais, econômicas e
ambientais, o Ceará apresenta importante vulnerabilidade a desastres. Dados do
Serviço Geológico do Brasil apontam 69 municípios mapeados no Estado entre 2012
e 2016, com 367 setores de risco alto e muito alto a movimentos de massa e enchentes.
Nessas áreas há 39.876 moradias e 161.847 habitantes.
Esse número
corresponde a 1,9% da população cearense, considerando o último censo,
realizado pelo IBGE em 2010.
Historicamente,
as secas são os desastres mais recorrentes no Ceará, sendo registrados em quase
todos os anos, especialmente no Sertão Central e Sertão dos Inhamuns. Esse
quadro ainda persiste, e, em razão dele, a Cedec mantém o planejamento de ações
voltadas para a manutenção do abastecimento d'água da população em 2018.
Prognóstico - Todavia, também considera o prognóstico climático para o
período de fevereiro a abril, divulgado pela Fundação Cearense de Meteorologia
e Recursos Hídricos (Funceme) no dia 22 de janeiro, indicando haver maior
probabilidade (40%) para chuvas superiores à média histórica e em torno da
normalidade (35%). Neste sentido, há preocupação com os desastres relacionados
ao excesso de chuvas, tais como inundações e enxurradas, especialmente nas
áreas ao longo dos principais rios do Estado: Acaraú, Banabuiú, Jaguaribe e
Salgado.
Outra preocupação está relacionada ao rompimento de barragens. A
Defesa Civil Estadual recomendou a todas as prefeituras, ainda no fim do ano
passado, a avaliação dos reservatórios quanto às condições de segurança.
A Cedec tem
apoiado o órgão fiscalizador, a Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH), na
mobilização para o cadastro de todas as barragens, independentemente do porte e
propriedade. O cadastro é feito no sítio eletrônico da Secretaria.
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