A Câmara de Paulínia, cidade do
interior de São Paulo, afastou 13 dos 15 vereadores e aprovou a abertura de
investigação contra o prefeito da cidade, Dixon Carvalho (PP), no fim da noite
da última segunda-feira, 26. Dixon é acusado de distribuir cargos aos
vereadores a fim de evitar a abertura de comissão processante para apurar
supostas irregularidades em contratos de coleta de lixo e de merenda escolar da
prefeitura. Os vereadores afastados são suspeitos de terem recebido 68 cargos
de livre nomeação em troca da blindagem ao prefeito.
O afastamento foi determinado
pelo juiz Carlos Eduardo Mendes, da 1ª Vara de Paulínia, depois que os treze
vereadores rejeitaram a denúncia da troca de cargos por votos em que eles
mesmos estavam envolvidos. Os suplentes assumiram os postos e aprovaram, por
dez votos a favor e três abstenções, a criação de uma comissão para investigar
o prefeito. A comissão tem 90 dias para apresentar o relatório das apurações.
Também foi aprovado o afastamento
dos vereadores até o fim das investigações. Conforme a procuradoria jurídica da
Câmara, os vereadores afastados negam terem sido beneficiados. A assessoria do
prefeito informou que ele está convicto da legalidade de todos os atos
praticados em seu governo e que as denúncias são infundadas, resultando de
perseguição política.
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