quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Helicóptero com chefes do PCC partiu da Praia do Futuro para voo panorâmico antes de execução

As mortes dos principais líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), em liberdade, Rogério Jeremias de Simone, o ‘Gegê do Mangue’ e Fabiano Alves de Souza, o ‘Paca’, não deixaram só a Polícia cearense em dúvida, mas os próprios membros da facção. A cada fato novo, a certeza de que nem as vítimas, nem ninguém esperava por esse desfecho. Tanto é que, segundo uma fonte da Polícia Civil, ‘Gegê’ e ‘Paca’ embarcaram em um helicóptero, no dia 16, na Praia do Futuro, junto com os executores para um voo panorâmico.
A fonte ligada às investigações confirma que a aeronave era alugada apenas para o passeio, que acabou sendo definitivo para os criminosos paulistas. A policia civil revelou que seis pessoas entraram no helicóptero no hangar próximo à praia. 
A versão confirma o que a mulher de ‘Gegê’, Andrea Soares Maciel, declarou em depoimento à Polícia. Ela afirmou que acredita que os executores eram pessoas próximas, pois nem ela sabia com precisão onde o marido estaria no momento. Andrea teria chegado em Fortaleza em setembro do ano passado. No fim do ano, chegaram Juliana, a mulher de ‘Paca’; a irmã, a mãe e os dois filhos de ‘Gegê’. As duas famílias ficaram na casa comprada pela facção, no Alphaville Fortaleza, no Porto das Dunas. 
A mulher conta que todo mundo, com exceção de ‘Gegê’ e ‘Paca’, voltaram para São Paulo em um ônibus fretado, no mesmo dia em que eles foram executados. Andrea conta que recebeu uma foto de ‘Gegê’ em que aparecia o mar. Horas depois soube dos assassinatos. 
 ‘Tiriça’ - A ‘gerência’ de Rogério Jeremias estava incomodando o restante da cúpula do PCC, por conta dos gastos excessivos e, por possíveis desvios do dinheiro da facção. Embora ainda não se possa afirmar que a ordem para as mortes partiu do líder máximo, Marcos Willians Herbas Camacho, o ‘Marcola’, esta é uma das principais linhas de apuração. 
O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), diz que o fato ainda precisa ser explicado ao restante da cúpula, inclusive a Roberto Soriano, o ‘Tiriça’, que era muito próximo de ‘Gegê’ e ‘Paca’, e também faz parte da cúpula do PCC. 

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