segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Membros de cúpula de facção criminosa são mortos no Ceará

O número um do PCC, Gegê do Mangue

Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, foragidos da Justiça de São Paulo e até então considerados as principais vozes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) fora dos presídios, foram mortos a tiros em uma suposta emboscada numa região indígena no Ceará na última quinta-feira (15).
De acordo com o MP (Ministério Público), atualmente, Gegê do Mangue era o número um na escala da chefia do PCC, acima de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, recluso na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, em São Paulo, onde está a cúpula da facção.
“Gegê era o número 1. Marcola e Paca são lideranças da facção”, afirmou um promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
“Esses dois homens foram mortos em uma área de reserva indígena em Aquiraz, no Ceará. Os moradores relatam que uma aeronave foi usada na ação criminosa. Um helicóptero teria efetuado voos em baixa atitude e os ocupantes efetuados disparos. O fato se deu na quinta-feira. Os corpos foram encontrados de sexta-feira (16) para sábado (17)”, explicou à reportagem o promotor, que pede para não ser identificado.
Os corpos foram encontrados perto de uma lagoa na região de Canindé, por um rapaz que estava colhendo frutas. O local é de mata fechada, sem acesso via estrada. O homem chamou a polícia, que recolheu os corpos e iniciou trabalho de perícia. Próximo aos corpos, havia várias cápsulas de pistolas 9 mm.
Polícia e MP trabalham com a hipótese de que eles foram vítimas de uma emboscada feita por integrantes de alguma facção rival. Outra hipótese levantada pelas autoridades é de que os dois teriam participação na morte do ex-integrante da cúpula do PCC Edilson Borges Nogueira, o “Birosca”​, aliado de Marcola. No entanto, as investigações ainda estão no início.
Até então, a principal suspeita era de que os dois criminosos estivessem atuando pelo PCC no Paraguai e na Bolívia, coordenando importações e exportações de drogas e armas para o Brasil, além de participar de assaltos a bancos.
Considerados pela Polícia Civil de São Paulo como dois dos criminosos mais procurados do Estado, nem Gegê nem Paca estavam na lista do programa de recompensas, que prevê pagamento de dinheiro em troca de informações que levem a prisões de suspeitos ou criminosos.

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