Ailsa Regina Gonzaga,
de 40 anos, foi morta próximo a cachoeira em Aragoiânia
O pastor Alexandre de Souza e
Silva, de 47 anos, foi denunciado, nesta sexta-feira (9), pela morte da pastora
Ailsa Regina Gonzaga, de 40 anos, que sumiu após sair de casa para alugar um
imóvel em Goiânia. O Ministério Público de Goiás o acusa de feminicídio e
ocultação de cadáver. O suspeito, que já teve um relacionamento amoroso com a
mulher, está preso e confessou ter matado a vítima durante uma discussão.
O promotor de Justiça Marcelo
Franco de Assis Costa, que assina a denúncia, destacou no documento que as
condições em que o assassinato foi cometido comprovam “o desprezo do denunciado
pela condição do sexo feminino, inclusive a violência em contexto amoroso
familiar”.
Ailsa foi vista pela última vez
em 8 de novembro de 2017, quando saiu de casa para alugar um imóvel, em
Goiânia. Na ocasião, ela deixou os dois filhos, de 15 e 11 anos, na residência
e não voltou mais.
Quase dois meses depois, em 28 de
dezembro, o pastor foi preso na casa em que morava, em Águas Claras (DF). Ele
confessou o crime e revelou que havia deixado o corpo da vítima na zona rural
de Aragoiânia, na Região Metropolitana de Goiânia.
Pastor diz que matou
pastora após discussão porque ela queria reatar relacionamento entre eles
MOTIVAÇÃO - A Delegacia Estadual
de Investigações Criminais (Deic), relatou no inquérito que o acusado e a
vítima mantiveram um relacionamento amoroso por mais de um ano. Neste período,
a convivência foi conturbada em razão de Alexandre ter outra mulher no Distrito
Federal.
A polícia concluiu que Silva saiu
da casa onde morava com a esposa decidido a matar Ailsa porque achava que ela
poderia denunciá-lo à polícia por ele ser foragido da Justiça. O pastor já
respondia por um latrocínio - que é o roubo com resultado morte - cometido em Itumbiara,
região sul de Goiás.
De acordo com a investigação,
quando o acusado chegou à capital goiana, ele convenceu Ailsa a sair com ele
para alugar um imóvel. No entanto, eles acabaram indo para o Recanto
Cachoeirinha, na zona rural de Aragoiânia, onde a pastora foi esfaqueada. Em
seguida, Silva ocultou o corpo de Ailsa na mata, cobrindo-o com folhas, e fugiu.
PASTOR NEGA TER PREMEDITADO - Após
ser preso, o pastor negou que saiu do Distrito Federal para Goiás para matar
Ailsa. Segundo Silva, ele viajou até a capital goiana porque a pastora o
convidou para pregar, pois ainda eram amigos. O suspeito disse que estava na
casa da vítima e ela o convidou para ir até a cachoeira para
"espairecer".
O pastor alegou ainda que cometeu
o crime após uma discussão porque a vítima queria reatar um relacionamento
antigo entre eles. O homem afirmou que era “perseguido” e que reagiu porque a
mulher tentou matá-lo antes.
Silva ainda alega que foi ferido
por Ailsa: "Houve a discussão e, quando disse que ia embora, ela me
esfaqueou, e me defendi. Dei só uma facada. Estou errado, admito, estou
chateado por tudo". No entanto, para a polícia, o suspeito se feriu
durante a briga foi porque a pastora tentou se defender e não porque ela o
atacou anteriormente.
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