Carlito vende verduras
todos os dias em Camapuã
Carlos Roberto Santana, de 67
anos, é um vendedor de verduras que ficou mais conhecido na última sexta-feira
(16), depois de devolver carteira com R$ 18 mil ao dono em Camapuã, município
na região central de Mato Grosso do Sul.
Após recusar recompensa em
dinheiro, Carlito, como é popularmente chamado na cidade, afirma que o
sentimento de honestidade é o melhor presente que pode ganhar.
O idoso contou que estava
trabalhando quando viu a carteira cair na rua, mas o motociclista já tinha ido
embora. Ele notou que dentro havia cerca de R$ 18 mil e vários documentos. Ele
então guardou a quantia e entrou em contato com o dono através de um telefone
que encontrou em cartão de visita, dentro do objeto.
O idoso também disse que essa não
é a primeira vez em que faz ação semelhante. Na primeira, devolveu R$ 60 mil em
dinheiro, enrolados em jornal, que haviam caído de uma caminhonete.
Ele guardou as cédulas e avisou o
motorista do veículo no momento em que o mesmo procurava pelo dinheiro. O dono
até ofereceu uma recompensa, mas Carlito recusou.
Carteira continha
cerca de R$ 18 mil e documentos
ALÍVIO - Após receber o
telefonema de que os pertences estavam seguros, Claudemir Ferreira da Silva, de
39 anos, afirma que ficou muito aliviado, pois como é dono de empresa
transportadora na cidade, todos os documentos e dinheiros importantes para o
trabalho estavam guardados na carteira. Ele disse que continha aproximadamente
R$ 450 em espécie e R$ 18 mil em cheques.
Após perder o objeto enquanto
seguia para um posto de gasolina, o empresário postou as informações em uma
rede social. “A gente fica com muita gratidão à pessoa, vê que ainda existem
pessoas honestas na cidade, porque eu tenho certeza que se fosse outra pessoa,
pegaria o dinheiro e jogaria a carteira fora”, afirma o Claudemir.
O empresário também falou que
Carlito não aceitou dinheiro como recompensa, mas vai dar uma bicicleta ao
filho do comerciante.
Quanto à atitude honesta, Carlos
afirma que os laços com as pessoas são muito mais especiais do que dinheiro. “A
confiança vale muito mais do que bem material. Quero ser honesto, quero ser o
que eu sou, quero honrar a minha consciência”, finaliza.
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