Uma retaliação de facções
criminosas à possível instalação de bloqueadores de celulares em presídios,
proposta que tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados, é a
explicação que especialistas têm dado aos ataques contra órgãos públicos,
ônibus e torres de telefonia no Ceará. A Delegacia de Repressão às Ações
Criminosas Organizadas (Draco) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) está
responsável pelas investigações. Até agora, não foram apresentadas as linhas de
investigação.
Além do projeto de lei, desde
2013 tramita na Justiça cearense um processo sobre a instalação de
bloqueadores. Uma sentença foi expedida, em 2 de março, determinando que o
“Estado do Ceará, no prazo de 180 dias, proceda à aquisição e promova a devida
instalação de bloqueadores de sinal de celular em todas as unidades prisionais
sob sua responsabilidade”.
Histórico - Essa não é a primeira
vez em que esse tipo de ataque ocorre. Em 2016, houve ataques a torres de
telefonia e um carro cheio de explosivos chegou a ser colocado na rua da
Assembleia Legislativa do Ceará depois que os parlamentares aprovaram um
projeto de autoria do governo que proibia as operadoras de conceder sinal de
radiofrequência nas áreas de unidades prisionais do estado. A lei foi
questionada, assim como regras semelhantes de cinco outros estados, no Supremo
Tribunal Federal (STF), tendo seus resultados sustados.
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