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Complexo Prisional do
Curado
Um preso morreu e outro ficou
ferido durante uma confusão, nesta quinta-feira (15), no Complexo Prisional do
Curado, no bairro do Sancho, na Zona Oeste do Recife. De acordo com a
Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), o caso ocorreu após a
transferência de detentos do Presídio Frei Damião de Bozzano (PFDB) para outras
unidades prisionais.
Ainda segundo a Seres, o detento
Airton Ramos Correia chegou a ser socorrido ao Hospital Otávio de Freitas, também
na Zona Oeste da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. O detento que ficou
ferido foi encaminhado à mesma unidade de saúde. A polícia foi acionada para
investigar as circunstâncias em que o fato ocorreu e tomar providências
cabíveis. A arma utilizada no crime foi apreendida e o suspeito de ter atirado
foi identificado.
Em nota, a Seres afirma que a
transferência de presos foi realizada por medida de segurança e que isso pode
ter gerado uma insatisfação entre os reeducandos presos. A secretaria informou,
ainda, que a situação foi controlada.
De acordo com o Sindicato dos
Agentes Penitenciários de Pernambuco (Sindasp-PE), também foi realizada uma
revista no PFDB, quando foram apreendidos três facões, 22 facas, três chuços,
uma foice, 14 celulares, 18 carregadores, seis fones de ouvido, uma balança de
precisão, 13 baterias, 150 gramas de ácido bórico, 20 gramas de maconha, um
litro de cola de sapateiro, uma lata de cachaça e uma garrafa de vinho, entre
outros.
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Policiais encontraram
armas, celulares e drogas em presídio do Recife
Problemas frequentes - O Complexo
do Curado tem três unidades e um histórico de problemas. Em junho de 2017, dois
presos também foram mortos no local. No dia 16 do referido mês, um reeducando
foi morto a pedradas no Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros. No dia 26 do
mesmo mês, outro preso morreu durante uma confusão que também deixou dois
agentes penitenciários e quatro detentos feridos.
A superlotação do Complexo do
Curado foi um dos problemas constatados durante a visita da comitiva da
Organização dos Estados Americanos (OEA), em junho de 2016. Representantes de
organizações que denunciaram a situação do presídio apontaram, ainda, a
permanência de violações dos direitos humanos, apontadas desde 2011, por um
grupo liderado pela Pastoral Carcerária do Estado.
A pastoral denuncia uma série de
irregularidades na unidade, que envolvem danos à integridade física dos presos,
problemas de saúde por falta de cuidados médicos e falta de segurança para os
agentes, entre outras. A inspeção foi feita por juízes da Corte Interamericana
de Direitos Humanos da OEA e representantes das organizações, acompanhados de
equipes dos governos estadual e federal.
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