Luan Torquato fazia
parte de uma família de pistoleiros que atua no Vale do Jaguaribe
As cidades de Jaguaribara e
Jaguaretama, ambas localizadas no Vale do Jaguaribe, estão em clima de tensão
após o assassinato de um pistoleiro que era temido naquela região. O medo de
uma represália, envolvendo membros da família do matador, formada por criminosos
envolvidos em crimes de aluguel, é real e os moradores estão assustados. A
Polícia não reforçou a segurança na área, o que aumenta o clima de preocupação
nos dois Municípios.
O assassinato do pistoleiro ocorreu
por volta de 13 horas da última segunda-feira (26) no Assentamento Mandacaru
II, na zona rural do Município de Jaguaribara, onde Luan Torquato Rocha, 19
anos, conhecido por “Gago”, caiu numa emboscada e foi executado com vários
tiros de pistola na cabeça e no tórax. Os autores do crime fugiram sem que
fossem identificados.
Informações colhidas pela Polícia
revelam que os assassinos do pistoleiro fugiram do local em um veículo ainda
não identificado. Moradores da área ouviram os estampidos e acionaram a Polícia
Militar. O corpo foi encontrado logo em
seguida e, horas depois, removido para o Núcleo da Perícia Forense (Pefoce) de
Quixeramobim.
Família de matadores - Luan
Torquato, o “Gago”, era membro de uma família composta por quatro irmãos, todos
envolvidos em crime no Vale do Jaguaribe. O mais conhecido deles é o Genilson
Torquato, criminoso responsável por mais de 30 assassinatos nas cidades de Jaguaretama e Solonópole, e que foi parceiro do também matador de
aluguel Lucivando Saraiva Diógenes, o “Gordo do Senhorzinho Diógenes”.
A dupla foi a responsável por
dezenas de assassinatos na região, até que na madrugada do dia 18 de junho de
junho de 2008, a caçada policial a “Gordo”, que se arrastava há meses, terminou
com um confronto policial em que o bandido terminou morto. O tiroteio ocorreu
nas matas da Fazenda desterro, na localidade de Caiçara, no limite entre os
Municípios de Jaguaretama e Jaguaribara.
Genilson conseguiu furar o cerco
policial após o comparsa tombar morto com um tiro de fuzil no peito. Porém,
acabou preso semanas depois no Município de Mombaça. Levado para Fortaleza, sob
forte escolta policial, foi encaminhado à sede da Procuradoria Geral de Justiça
onde confessou ao Ministério Público ser o autor de, pelo menos, 11
assassinatos junto com “Gordo”.
Além de Genilson, que permanece
preso, Luan Torquato, o “Gago” era irmão dos pistoleiros Júnior Torquato,
conhecido por “Barrão”, e “Júnior Vaqueiro” (irmão adotivo). Ambos também estão
atrás das grades. A Polícia suspeita que “Gago” tenha sido morto em um ‘acerto
de contas’ da quadrilha.
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