Ao menos 68 pessoas morreram
nesta quarta-feira, 29, durante um motim na cadeia do Comando Geral de Polícia
do estado de Carabobo, na cidade venezuelana de Valência, a 105 quilômetros a
oeste de Caracas, afirmaram autoridades venezuelanas.
A ONG Uma Janela Para a
Liberdade, que defende os direitos dos presos venezuelanos, contestou o número
e disse que ao menos 78 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.
A Direção da ONG, afirmou que
alguns detentos tentaram iniciar uma fuga e, para isso, renderam um vigia e
tocaram fogo em colchões. Alguns detentos morreram em decorrência das queimaduras
e outros por asfixia.
A cadeia estava superlotada. A
falta de espaço e de condições adequadas são as prováveis causas do motim. Essa
situação "não é um caso isolado" e se repete em várias cadeias da
Venezuela.
A superlotação das prisões
venezuelanas obriga a polícia a usar as cadeias das delegacias como local de
detenção por longo período, o que contraria a legislação. A detenção numa
cadeia não pode ultrapassar 48 horas.
Emissoras locais de rádio
noticiaram, com base em testemunhas, que o motim teve lugar durante a visita
conjugal e que várias dezenas de pessoas morreram asfixiadas ou em decorrência
de queimaduras.
As forças de segurança
dispersaram, com gás lacrimogêneo, dezenas de familiares dos detidos que se
concentraram nas proximidades do cárcere, à procura de informações sobre os
presos, e haviam tentado, com pedras, romper um cordão policial que os impedia
de entrar na prisão.
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