Noventa por cento dos
assassinatos no Ceará são praticados com armas de fogo
Faltando ainda três dias para o
fim do mês de março, e o ano de 2018 completar o seu primeiro trimestre, o
Ceará ultrapassou, nesta quarta-feira (27), a marca dos 1.300 assassinatos.
Foram exatos 1.301 Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs),
contabilizados desde o dia 1º de janeiro. A Capital cearense foi a área com
maior registro de homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte
neste período: nada menos, que 417 pessoas foram assassinadas.
Já a Região Metropolitana de
Fortaleza (RMF), composta por 14 Municípios (Aquiraz, Cascavel, Caucaia,
Chorozinho, Eusébio, Guaiúba, Horizonte, Itaitinga, Maracanaú, Maranguape,
Pacajus, Pacatuba, Pindoretama e São Gonçalo do Amarante) foi a área com a
segunda maior taxa de CVLIs no período, com 372 assassinatos.
Em seguida, aparece em terceiro
lugar, como área mais violenta do estado, o Interior Norte, com 263 homicídios.
Já o Interior Sul registrou 249 CVLIs.
Fatores - A “guerra” travada
entre duas facções criminosas tem sido um dos principais fatores dos altos
índices de mortes violentas no Ceará desde o ano passado. Em Fortaleza, as
facções Comando Vermelho (CV) e Guardiões do Estado (GDE), lutam por território
para a venda de drogas e outros delitos.
Outro fator importante nesta
estatística é o número cada vez maior de mulheres assassinadas no Ceará.
Somente neste período, foram 141.
Chacinas - Também neste primeiro
trimestre de 2018, o Ceará registrou, ao menos, quatro casos de chacinas. A
primeira delas, na noite de 8 de janeiro, na localidade Serra pelada, zona
rural do Município de Maranguape, na RMF, que deixou quatro mortos. A segunda,
na madrugada do dia 27 de janeiro, a matança na casa de shows “Forró do gago”,
na comunidade Barreirão, bairro Cajazeiras, em Fortaleza. Foram 14 pessoas
assassinadas.
Dois dias depois da matança nas
Cajazeiras, ocorreu a terceira chacina de 2018 no Ceará. Durante uma briga
entre presos da Cadeia Pública da cidade de Itapajé, 10 detentos foram
assassinados a golpes de “cossocos”, facas, punhais e outros instrumentos.
Já na noite de 9 de março, sete
pessoas foram assassinadas no bairro Benfica, em Fortaleza, por conta de uma
rivalidade de facções criminosas. A matança começou na Praça da Gentilândia e
se estendeu pelas ruas próximas, atingindo também a sede de uma torcida
organizada de futebol.
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