Maior reservatório do Estado e
responsável por abastecer diversas cidades da região Jaguaribana, além da
própria Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), o Castanhão viu seu volume
dobrar em apenas 20 dias, beneficiado, principalmente, pelas fortes chuvas
registradas no Ceará neste mês de abril. Atualmente, o açude está com 7,6% da
capacidade preenchida, o que corresponde a 506,9 milhões de metros cúbicos (m³)
de água.
De acordo com dados da Companhia
de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), no último dia 31 de março o volume de
água do Castanhão era de 3,87%, um resultado que já havia superado o último inverno
em aporte. Ocorre que na quinta-feira (19), durante o último levantamento
realizado, o reservatório já estava com 7,57% de sua capacidade, tendo recebido
um incremento, somente no período em questão, de 247,7 milhões de m³.
Apesar do aporte considerável
neste mês, a situação do Castanhão ainda é considerada crítica, despertando,
inclusive, preocupação no governador do Estado, Camilo Santana. "(O açude)
precisa pegar mais água para nos garantir certa tranquilidade até que a
transposição do Rio São Francisco seja concluída", disse o chefe do
executivo estadual na última terça-feira (17).
Água para RMF gera revolta - Na
última segunda-feira (16), produtores rurais, vereadores, prefeitos e
representantes de entidades de classe discutiram, em audiência pública
realizada na Câmara Municipal de Jaguaribara, a transferência de água do
Castanhão para a RMF, por meio do Eixão das Águas. Em meio a um clima de
indignação, os representantes de municípios da região defenderam que ainda não
havia aporte suficiente no reservatório para transferir recursos hídricos para
a Região Metropolitana de Fortaleza, por meio de bombeamento.
Na próxima semana, será elaborado
um documento a ser entregue ao Governo do Estado solicitando a suspensão da
transferência de água até o fim da quadra chuvosa e medidas compensatórias para
a região.
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