Rogério 157 foi preso
durante operação policial em dezembro do ano passado
Durante um interrogatório
realizado nesta quarta-feira, Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, negou
ter sido chefe da Rocinha, comunidade da Zona Sul do Rio. O procedimento foi
realizado através de uma videoconferência, já que ele está preso na
penitenciária federal de Porto Velho, em Rondônia, informou o Tribunal de Justiça
do Estado do Rio de Janeiro.
Segundo a denúncia do Ministério
Público, Rogério 157 — capturado na comunidade do Arará, Zona Norte do Rio,
durante uma operação policial em dezembro do ano passado —ficou à frente do
tráfico de drogas da Rocinha, depois que Antonio Bonfim Lopes, o Nem, foi
preso. O acusado, então, obedecia aos comandos do antigo chefe do tráfico, que
enviava ordens por meio de sua mulher, Danúbia Rangel.
Esses crimes teriam ocorrido
entre os anos de 2013 e 2014, período em que Rogério 157 alega ter vivido no
estado de Minas Gerais. Ele também responde por outros crimes como falsidade
ideológica, corrupção ativa e ocultação de bens.
DISPUTA PELO CONTROLE DA ROCINHA
- Rogério 157 comandava o tráfico na favela para Nem desde novembro de 2011. Em
setembro de 2017, os dois começaram uma guerra pelo domínio da comunidade. Nem
teria ordenado que Rogério devolvesse a ele o morro, e o antigo aliado se
recusou.
Com isso, os comparsas de Nem
atacaram a Rocinha para tentar tomar a comunidade. Acuado, Rogério 157 aliou-se
a uma facção criminosa rival, e passou a contar com o apoio deles para a
guerra.
Rogério foi preso no dia 6 de
dezembro do ano passado, numa operação de delegacias da Polícia Civil do Rio na
Favela do Arará, em Benfica, na Zona Norte do Rio. Ele estava escondido na laje
de uma casa na comunidade. Seus comparsas conseguiram fugir e o bandido estava
sem nenhum segurança.
Em janeiro deste ano, ele foi
transferido para a penitenciária de Porto Velho. A unidade é a mesma onde está
o traficante Nem, seu antigo aliado.
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