Dezenas de cápsulas
de balas foram deixadas nos becos das duas favelas
Moradores das comunidades do
Barroso II, João Paulo II, Jereba e Babilônia, no Grande Jangurussu, na zona Sul de Fortaleza, viveram mais uma
madrugada de terror nesta terça-feira (24). Entre 3 e 4 horas, facções
criminosas entraram em um novo confronto. Durante cerca de uma hora, dezenas de
estampidos foram ouvidas. Tiros de fuzil, metralhadora e pistola ecoaram em uma
frenética sequência, quebrando o silêncio da madrugada e deixando a população
da área em pânico dentro de suas casas e comércios.
O tiroteio começou por volta de 3
horas, segundo os moradores, e se estendeu madrugada adentro. Bandidos das
facções Comando Vermelho (CV) e Guardiões do Estado (GDE) – que travam uma
“guerra” há mais de um ano na região –
ignoraram a presença da Polícia Militar, que mantém uma operação de
ocupação entre as duas comunidades, e partiram para o confronto.
Quando o dia começou a amanhecer,
os tiros foram cessando gradativamente. No meio das vielas, becos e ruas das
duas comunidades ficou a prova do tiroteio: dezenas de cápsulas de balas de
diversos calibres, entre eles, fuzis, submetralhadoras e pistolas, além de
espingardas de calibre 12 (escopetas).
Expulsão de moradores - Apesar da intensa troca de tiros, a Polícia
informou que não há, até o momento, registros de pessoas mortas ou feridas na
região. A PM mantém a ocupação na divisa entre as duas comunidades.
A operação de ocupação da Polícia
Militar teve início há cerca de dois meses, quando moradores foram expulsos de
suas casas por ordem de bandidos de facções criminosas.
Na comunidade da Babilônia, a
ação dos criminosos armados continua sendo chefiada pelo traficante Auricélio
Sousa Freitas, o “Celinho”, apontado como um dos líderes da GDE na região. Seus “soldados” permanecem escondidos na
região utilizando um forte armamento, que inclui fuzis e submetralhadoras. A tentativa de expulsar dali os rivais do CV
tem resultado nos constantes embates durante as madrugadas.
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