Peças de ouro
apreendidas no Aeroporto Internacional de Brasília - Tinta para disfarçar metal
descascou
A Polícia Federal prendeu, no
último dia 9, um homem que tentava viajar para Belo Horizonte (MG) com 11
quilos de ouro em uma mala. O suspeito conseguiu embarcar em Boa Vista (RR),
mas foi interceptado durante a conexão do voo no Aeroporto Internacional de
Brasília.
Segundo a PF, o dono da mala – um
empresário com negócios em Minas Gerais e em Roraima – chamou a atenção dos
investigadores, que decidiram submeter a bagagem a um exame de raio-X.
De acordo com a perícia, o ouro
apreendido tem alto grau de pureza, e a carga é avaliada em R$ 1,6 milhão. O
homem chegou a apresentar uma nota fiscal, mas o documento não convenceu os
policiais.
A Polícia Federal afirma que o
suspeito derreteu, moldou e pintou o metal na tentativa de enganar os fiscais.
A ideia era simular peças usadas na construção civil. No aeroporto, a tinta saiu
na mão dos investigadores.
Acusado vai responder por lavagem
de dinheiro e usurpação de bens da União. A pena combinada pode chegar a 15
anos de prisão.
Peças de ouro
apreendidas com empresário no Aeroporto Internacional de Brasília
Garimpo ilegal - Até a tarde
desta terça (17), a PF ainda investigava a origem do metal precioso. O suspeito
tem uma empresa de cobrança em Boa Vista e uma joalheria em Belo Horizonte. No
depoimento à PF, ele preferiu ficar calado, e disse que "seria morto"
se passasse qualquer informação.
"A investigação ainda é
incipiente, mas a PF acredita que esse ouro tenha vindo de garimpos ilegais da
região de Roraima, das terras yanomami. A investigação vai prosseguir para
tentar identificar esses garimpos e os garimpeiros. Tanto a origem, quanto o destino
desse ouro".
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