terça-feira, 17 de abril de 2018

ÍCONE DO SAMBA - Dona Ivone Lara morre aos 97 anos no Rio

Dona Ivone Lara
Uma das pedras fundamentais do samba carioca, autora de clássicos como "Sonho meu" e "Alguém me avisou", a compositora Dona Ivone Lara morreu nesta segunda-feira (16). Ela tinha completado 97 anos no último dia 13. Dona Ivone estava internada com um quadro de anemia na Coordenação de Emergência Regional, anexa ao Hospital Miguel Couto, no Leblon, na zona sul do Rio, e morreu em decorrência de insuficiência respiratória.
Ícone - Apesar da idade avançada, Dona Ivone, venerada por sambistas de diferentes gerações e chamada de "Rainha do samba" e "Primeira-dama do samba", fez shows há até pouco tempo atrás. Em 2016, celebrou os 95 anos numa apresentação que contou com outros artistas e seu neto André Lara, uma companhia constante. Em 2010, fora homenageada pelo Prêmio da Música Brasileira. A Verde-e-branco, escola de samba do bairro de Madureira, na zona norte do Rio, lhe fez um desfile-tributo em 2012.
Dona Ivone se deslocava de cadeira de rodas e era amparada por familiares. Em suas aparições públicas, estava sempre sorridente e alinhada, onde chegava era ovacionada. O maior parceiro foi Délcio Carvalho, com quem criou, entre muitos sambas, "Sonho meu", "Acreditar", "Minha verdade" e "Em cada canto uma esperança". Ele era 18 anos mais jovem e morreu em 2013. 
A sambista foi gravada por Clara NunesMaria BethâniaCaetano VelosoPaulinho da ViolaMarisa Monte e outros nomes da MPB. Primeira mulher a ganhar uma disputa de samba-enredo numa escola de samba no Rio, em 1965. 

Vida - Nascida em 13 de abril de 1921, no Rio de Janeiro, dona Ivone Lara compôs seu primeiro samba aos 12 anos, "Tiê, tiê", depois de ganhar de seus primos um pássaro da espécie tiê. Enfermeira e assistente social, trabalhou com pacientes que tinham doença mental. Ao se aposentar da área da saúde em 1977, passou a se dedicar integralmente à música.

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