Após o fim da
rebelião, presos foram reunidos no pátio da unidade para inspeção
Familiares e advogados de
detentos do presídio de Lucélia, no interior de São Paulo, afirmam que após a
rebelião ocorrida em 26 de abril, não conseguem ter notícias sobre as condições
dos presos que permaneceram na unidade e que eles estariam em situação
degradantes e sendo agredidos na unidade.
Os familiares afirmaram que os
presos estariam em condições precárias, dormindo no chão, com alimentação
fracionada e sendo agredidos como punição por terem feito a rebelião.
"Quando fomos até o presídio
unidade, escutamos presos gritando e pedindo ajuda", afirmou a esposa de
um dos detentos, que não quis se identificar.
A SAP (Secretaria da
Administração Penitenciária) nega que haja maus tratos e afirmou por meio de
nota que "está prestando todas as informações sobre os presos" e que
"nenhum preso sofreu agressão e todos são tratados com respeito e
dignidade".
Cozinha do presídio
foi destruída durante a rebelião
A pasta disse ainda que "o
fornecimento de alimentação na unidade está ocorrendo normalmente apesar da
cozinha ter sido danificada durante a rebelião, a comida está sendo preparada
na cozinha das Penitenciárias de Pracinha e Osvaldo Cruz e encaminhada para a
unidade prisional".
No presídio de Lucélia havia
cerca de 1.820 detentos, mas tinha capacidade para 1.440. Ao menos 900 presos
continuam no local, mesmo com boa parte do presídio danificado.
Advogados com clientes presos na
Penitenciária de Lucélia também afirmaram que não conseguem visitar seus
clientes no presídio e que a Justiça estaria ignorando os pedidos de
autorização para visitas e pedidos de realização de exames de corpo delito,
para verificar as condições de saúde desses presos que permaneceram na unidade.
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