Mais de 1.800 pessoas
já foram mortas neste ano em todo o estado do Ceará
Quase três meses após desembarcar
em Fortaleza com a missão de ajudar as autoridades locais a dar um freio na
violência sem controle que domina o estado, a Força-Tarefa enviada ao Ceará
pelo presidente da República, Michel Temer (MDB), não revelou, ainda, o que fez
até agora. Da data do desembarque (dia
19 de fevereiro) até hoje, as estatísticas da criminalidade só aumentaram e
nesta terça-feira a taxa de Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs), em
quatro meses e sete dias de 2018, alcançou o número 1.801.
Composta por 36 integrantes,
sendo 26 da Polícia Federal (PF), e 10 da Força Nacional de Segurança (FNS), a
Força-Tarefa foi recebida pelo governo estadual como uma esperança de que o
trabalho de investigação reduzisse os assassinatos no estado. Não aconteceu. De
fevereiro até agora aumentaram os crimes de morte (homicídios, latrocínios e
lesões corporais seguidas de morte, assassinatos nos presídios e óbitos por
intervenção policial. Também sofreram elevação os registros de ataques a bancos
e carros-fortes.
Nas ruas da Grande Fortaleza
(Capital e Região Metropolitana) e no Interior do estado prossegue sem controle
a matança de pessoas por conta da “guerra” entre as facções criminosas Guardiões do Estado (GDE) e
Comando Vermelho (CV). Somente em sete dias do mês de maio em curso, o Ceará
registrou 75 assassinatos (29 na Capital, 19 na RMF, 17 no Interior Norte e
mais 10 no Interior Sul).
Hoje, com exatos 1.801
assassinatos, entre os dias 1º de janeiro e 7 de maio, o Ceará segue célere
para bater mais um recorde de CVLIs até o fim do ano, superando os 5.144 crimes
de morte de 2017.
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