A carga de explosivos
destruiu completamente o carro-forte da Corpvs
Em menos de cinco meses, o Ceará
já registrou quatro ataques a carros-fortes, numa média de um por mês. Os
assaltos seguidos de explosões dos blindados já teriam rendido aos criminosos
aproximadamente R$ 5 milhões, segundo informa uma fonte da Segurança Pública. O mais recente caso ocorreu na última segunda-feira
(7), quando um veículo da empresa Corpvs foi destruído no Município de Santa
Quitéria.
O primeiro ataque a carro-forte
neste ano no Ceará aconteceu no dia 5 de fevereiro em Aracati, no Litoral Leste
do estado. Bandidos fortemente armados explodiram um blindado da empresa Brinks
e levaram todo o dinheiro. O grupo estava armado com fuzis e seria oriundo do
Rio Grande do Norte (RN). A abordagem ao veículo aconteceu na localidade
conhecida como Cacimba Funda, na zona rural de Aracati, já próximo à divisa dos
dois estados. Ninguém foi preso até agora.
O segundo roubo ocorreu no dia 23
de fevereiro na altura da localidade de Catolé da Pista, na zona rural de
Mombaça. Agindo de forma violenta, criminosos conseguiram parar um blindado da
empresa Prosegur, forçaram a saída e fuga dos vigilantes e destruíram o
veículo, roubando os malotes que estavam sendo transportados no cofre do
caminhão. Informações extra-oficiais revelam que foram levados mais de R$ 1,5
milhão. Nem a Polícia, nem a empresa de segurança confirmam tais valores.
O terceiro ataque ocorreu na
tarde do dia 5 de abril na entrada da cidade de São Luís do Curu, onde uma
quadrilha explodiu mais um blindado da empresa Brinks. A ação foi violenta e
interditou a estrada por várias horas.
O quarto assalto aconteceu nesta
segunda-feira (7), em Santa Quitéria. Por medida de segurança, a empresa havia
deslocado para a região dois carros-fortes. Ainda assim, os bandidos não se
intimidaram e tentaram parar os dois veículos. No entanto, a equipe de
vigilantes de um deles conseguiu escapar da emboscada. O outro carro-forte
acabou sendo cercado e seus ocupantes obrigados a deixar o veículo depois de
desarmados. A explosão foi tão forte que o blindado da Corpvs ficou
completamente destroçado
Interestaduais - A Polícia Civil, através da Delegacia de Roubos e
Furtos (DRF) trabalha com a informação de que os bandos responsáveis pelos
ataques são formados por bandidos de vários estados. São, portanto, quadrilhas
interestaduais que, antes do assalto, fazem uma coleta de informações sobre
datas e horários dos transportes dos valores, arregimentam armas de grosso
calibre e artefatos explosivos e, dias ou horas antes do crime, roubam veículos
potentes, geralmente caminhonetes 4×4 para a emboscada e fuga posterior.
O modo de agir é sempre o mesmo.
Os ladrões perseguem os blindados nas estradas e forçam a parada, muitas vezes,
colocando obstáculos na pista, inclusive caminhões. Ameaçam explodir o blindado
após uma saraivada de tiros de fuzil, o que força os vigilantes a sair do carro
e entregar as armas. O passo seguinte é a detonação dos explosivos e o roubo
dos malotes. Na fuga, incendeiam carros nas estradas para impedir ou retardar a
chegada das viaturas da Polícia.
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