quinta-feira, 3 de maio de 2018

INVESTIGAÇÃO - Humorista foi alvo errado de facção que já havia ameaçado e perseguiu o passageiro

Os dois homens foram mortos dentro deste veículo, no Planalto Ayrton Senna

O assassinato do humorista cearense Francisco Fonseca Neto,  60, o “Fonsequinha”, é mais um crime decorrente da guerra entre as facções criminosas que dominam o estado. O artista, que também ganhava a vida como motorista do aplicativo Uber, foi morto a tiros no final da tarde desta quarta-feira (2) no momento em que bandidos de uma facção atiravam no passageiro que era conduzido pelo humorista. Os dois morreram dentro do automóvel.
Robson Borges da Silva Filho, 24 anos, era integrante de uma facção criminosa que atua no Distrito de Pajuçara, em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF),  e estava ameaçado de morte pelos inimigos da quadrilha rival. Por conta das ameaças, mudou-se para Fortaleza, indo morar no Planalto Ayrton Senna, onde o crime aconteceu.
Na tarde desta quarta-feira, Robson decidiu ir visitar a mãe, na Pajuçara, e pediu um carro do aplicativo Uber para ir até Maracanaú. No entanto, não desconfiava que estava sendo vigiado pelos inimigos. Após embarcar no veículo, o Pálio Weekend preto de placas NUR-9504, dirigido pelo humorista, Robson foi seguido e quando o carro chegou ao cruzamento das ruas Planaltina e Joaquim dos Anjos os criminosos emparelharam a motocicleta e começaram a disparar os tiros de pistola.

 
Humorista Fonsequinha, ex-TV Jangadeiro, mais uma vítima da violência no Ceará

Morte no carro - Atingidos pelos tiros disparados à curta distância, os dois homens que ocupavam o carro tiveram morte imediata. Os criminosos fugiram rapidamente. Uma equipe do Samu ainda foi chamada ao local, mas logo os socorristas constataram os óbitos. Logo, as vítimas foram identificadas.

Robson Borges da Silva Filho já tinha histórico criminal. Respondia pelos crimes de homicídio, roubo e tráfico de drogas.

O humorista “Fonsequinha” ficou conhecido por participação em programas de variedades nas TVs Diário e Jangadeiro. Também animava festas particulares e, ultimamente, complementava sua renda familiar como motorista do aplicativo Uber.

A DHPP já iniciou as investigações, mas até agora, nenhum suspeito foi detido.

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