Intérprete de papéis marcantes da
dramaturgia brasileira, a atriz Eloísa Mafalda morreu, aos 93 anos, em
Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Filho da artista Marcos Teixeira
confirmou que a mãe faleceu nesta quarta-feira, em casa. A família ainda não
sabe a causa da morte. Ela deixa dois filhos, dois netos e dois bisnetos.
Eloísa Mafalda trabalhou como
costureira e auxiliar de escritório nas Emissoras Associadas, na qual teve os
primeiros contatos com a arte e a interpretação. Começou sua carreira no rádio.
Seu irmão Oliveira Neto a convenceu a fazer um teste. Ela foi aprovada e
começou a fazer radionovelas da Rádio Nacional. Em seguida a atriz fez sua
estreia na TV Paulista, onde ficou até a emissora acabar e ser vendida para a
TV Globo.
Na Globo, Eloísa viveu papéis
marcantes em mais de 40 trabalhos, entre novelas, séries e especiais. Caso de
Dona Nenê, na primeira versão de "A grande família", e a inesquecível
Dona Pombinha Abelha, de "Roque Santeiro". A carreira conta ainda com
outros personagens que caíram no gosto do público, como Maria Machadão, de
"Gabriela", Dona Mariana, de "Paraíso", Gioconda Pontes, de
"Pedra sobre pedra" e Manuela, de "Mulheres de areia".
A atriz fez seu primeiro papel no
cinema em 1950, no filme "Somos dois". Já no teatro, a estreia
aconteceu em 1965, numa adaptação de "O morro dos ventos uivantes".
Eloísa estava fora do ar desde a novela "O Beijo do Vampiro", de
2002. Os convites para voltar foram muitos, mas a artista não pode aceitá-los.
Na época da última novela, já não conseguia decorar os textos e decidiu sair de
cena diante da perda de memória. Ela vivia com a filha Mirian, em Petrópolis.
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