
Giselle foi baleada por um
policial militar durante uma perseguição quando trafegava com sua filha, de 19
anos
Autor do disparo que culminou na
morte da universitária Giselle Távora Araújo, de 42 anos, que foi confundida
com um criminoso na noite da última segunda-feira (11), o soldado da Polícia
Militar (PM), Rafael Soares, alegou, em depoimento, que atirou "em
direção ao pneu do veículo" da vítima, com o objetivo de
"cessar a fuga". O tiro, no entanto, atingiu as costas de Giselle e
perfurou seu pulmão direito, levando-a a óbito na manhã desta terça-feira (12).
O soldado também afirmou que a
equipe de motopatrulhamento da PM, que abordou Giselle na Avenida Oliveira
Paiva, já havia sido acionada sobre o roubo de um veículo HB20 branco na
região, o mesmo modelo e cor do carro que a vítima dirigia quando foi baleada.
Conforme seu depoimento, o disparo foi efetuado após a condutora "não
atender a ordem de parada".
"Alta velocidade"
- "A condutora do HB20 empreendeu fuga em alta velocidade, ultrapassando
alguns carros pela contramão e alguns sinais vermelhos". Segundo os
policiais militares, os sinais sonoro e intermitente também foram ligados bem
próximos ao veículo de Giselle, que, mesmo assim, "continuou
fugindo", destacou o soldado. Desta forma, alega, um disparo foi
necessário para "cessar a fuga".
Após ser atingida nas costas e
parar no acostamento, Giselle foi socorrida pelos próprios policiais e levada
ao Instituto Dr. José Frota (IJF), onde passou por cirurgia, mas acabou
falecendo na manhã desta terça-feira (12). Depois de deixar a vítima no
hospital, os agentes se apresentaram ao 34º Distrito Policial e, em seguida,
foram encaminhado à Controladoria Geral de Disciplina (CGD).
Filha diz que não houve abordagem
- Ainda na noite de segunda-feira, a filha de Giselle, Dani Távora, que também
estava no veículo quando a vítima foi baleada, disse que a mãe não parou o
carro porque pensou se tratar de um assalto. "Não fazíamos ideia que era
para a gente. Pensamos que era assalto com outras pessoas. Escutamos disparos e
pedi para minha mãe sair dali, até que ela levou um tiro".
Em suas redes sociais, a filha da
vítima desabafou sobre a atitude dos agentes de segurança. Em seu relato, ela
chama o PM, autor do disparo, de "incompetente e covarde".
EM TEMPO – Nesse caso, o pneu
estava no banco do motorista e dirigindo o veículo. Policial incompetente...
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