sexta-feira, 22 de junho de 2018

Com cadeias loteadas por facções, número de detentos mortos aumenta 400% no Ceará

Em janeiro, uma chacina deixou 10 detentos mortos na Cadeia Pública de Itapajé

O número de detentos assassinados no Sistema Penitenciário cearense já apresenta aumento da ordem de 400 por cento no Ceará neste primeiro semestre de 2018, em comparação ao mesmo período do ano passado. A “guerra” travada entre as facções criminosas tem sido a responsável pelas constantes execuções sumárias de presos nas cadeias públicas, presídios e penitenciárias locais.
Os números estão postados na estatística da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), muito embora, não sejam computados pelo órgão como Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs), isto é homicídios.
De acordo com a estatística oficial, entre janeiro e junho do ano passado, seis assassinatos ocorreram dentro do Sistema Penal do Ceará (3 em janeiro, um em abril, um em maio e um em junho). Já em 2018, esse número saltou para 30 (14 em janeiro, um em fevereiro; quatro em março; dois em abril e dois em maio). Em junho, já são sete crimes registrados.
Das sete mortes de presidiários neste mês, três ocorreram em Casas de Privação Provisória da Liberdade (CPPLs) que fazem parte do Complexo Penitenciário de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). As outras quatro ocorreram em Fortaleza (no Centro Educacional Dom Aloísio Lorscheider) e nas cadeias públicas de Aracati e Crateús, além do mais recente caso (nesta quinta-feira), na Penitenciária Industrial Regional do Cariri (PIRC).

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