sexta-feira, 22 de junho de 2018

Justiça determina que bisavó e avó de índia recém-nascida enterrada viva em MT usem tornozeleiras

Avó e bisavó não aceitavam índia recém-nascida enterrada viva por ser filha de mãe solteira e pai de outra etnia (Foto: Polícia Civil de MT/TV Centro América)
Avó e bisavó não aceitavam índia recém-nascida enterrada viva por ser filha de mãe solteira e pai de outra etnia

A Justiça de Mato Grosso determinou que as indígenas Kutsamin Kamayura, de 57 anos, e Tapoalu Kamayura, de 33 anos, sejam monitoradas por tornozeleiras eletrônicas.
Elas são bisavó e avó, respectivamente, da índia recém-nascida que sobreviveu após ficar enterrada por seis horas no dia 5 de junho. A mãe da bebê é uma adolescente de 15 anos.
Kutsamin alegou à polícia que enterrou a menina por acreditar que ela estivesse morta. Para a Polícia Civil, a bisavó e a avó premeditaram e planejaram enterrar a recém-nascida.
As investigações apontaram que elas não aceitavam a criança pelo fato dela ser filha de mãe solteira e o pai ser de outra etnia.
Ainda, as investigações não indicariam que o enterro da menina estivesse ligado aos costumes indígenas.

Índia recém-nascida que sobreviveu ao ser enterrada por 6 horas está  na Santa Casa de Cuiabá (Foto: Polícia Militar de MT)
Índia recém-nascida que sobreviveu ao ser enterrada por 6 horas está na Santa Casa de Cuiabá

Bebê - Depois de resgatada pela polícia, a bebê foi socorrida em dois hospitais até ser transferida para a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. Ela continua internada na capital desde o dia 6 deste mês, e o estado de saúde ainda é delicado.
De acordo com a polícia, em depoimento, as testemunhas afirmaram que, tanto a avó quanto a bisavó, não queriam o bebê para que a adolescente não se tornasse mãe solteira.

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