O processo entrou na fase final e os policiais serão julgados
nos próximos dias
O Ministério Público Estadual (MPE), através da 13ª
Promotoria de Justiça Criminal de Fortaleza, encaminhou à Justiça pedido de
condenação judicial e perda do cargo, além de prisão, para dois policiais
militares e um policial civil. Os três servidores são acusados de vários crimes
como receptação, uso de documento falso, adulteração de sinal de veículo
automotor, formação de quadrilha e outros delitos.
A acusação contra os três policiais está contida nas
“alegações finais” do Ministério Público no processo em que os
PMs Dickson Ferguson Soares de França e Fernando Egilson Memória de Araújo
Júnior; além do inspetor da Polícia Civil, Carlos Alberto da Costa Lima, são
acusados da prática de vários crimes. Os três foram presos em flagrante
por agentes da Controladoria Geral de Disciplina (CGD), no dia 9 de abril de
2015, nas proximidades da Praça do Conjunto Polar, na Barra do Ceará (Zona
Oeste de Fortaleza) com um carro roubado.
No decorrer das investigações sigilosas feitas pela Delegacia
de Assuntos Internos (DAÍ) da CGD, os três policiais foram acusados de trafegar
em veículo roubado e clonado. A descoberta dos crimes aconteceu quando os três
compareceram na sede da própria CGD, uma semana antes da prisão, usando o
veículo roubado, modelo HB-20. Havia ido até aquele órgão se inteirar do
andamento de outros processos que respondem junto ao órgão.
Presos em flagrante - As câmeras externas da CGD acabaram flagrando os
três policiais desembarcando e embarcando novamente no mesmo automóvel. Eles
passaram, então, a ser seguidos e, uma semana depois, foram presos quando se
encontraram no interior de uma padaria, no Conjunto Polar.
A confirmação de que o carro usado pelos policiais era
roubado e clonado veio quando a do verdadeiro automóvel informou que vinha
recebendo constantes multas de trânsito registradas em locais onde ela não
freqüentava, e em dias e horários em que o seu automóvel estava parado no
estacionamento de um shopping em que ela trabalha o dia inteiro. Desde então, ela passou a presumir que seu
carro havia sido “clonado”.
O processo em torno da conduta dos PMs e do policial
civil já está na sua fase final e a
promotora de Justiça, Luciana Costa Girão, encaminhou à Justiça o pedido de
condenação dos réus e a consequente perda do cargo. Também requereu que, em
caso de condenação à prisão, os três permaneçam presos mesmo se impetrarem
recurso judicial contra a decisão.
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