Estrutura da liderança do PCC,
segundo o Ministério Público de SP
O PCC (Primeiro Comando da
Capital), maior facção do Brasil, chegou a marca de 30 mil membros, segundo
levantamento do MP- SP (Ministério Público de São Paulo). Com uma estrutura
hierárquica elaborada e estratégias ousadas para manter o controle do tráfico
de drogas no País, a cúpula da facção decidiu que é necessário expandir os
“negócios” para os presídios femininos.
A intenção foi uma das conclusões
da investigação da Operação Echelon, na qual fragmentos de bilhetes trocados
entre integrantes da facção foram encontrados nos esgotos da Penitenciária de
Presidente Venceslau 2 – reduto da cúpula do PCC.
De acordo com o promotor do Gaeco
(Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), Lincoln Gakya,
atualmente, apenas 10% dos membros são mulheres. “Hoje, o PCC já conta com a
presença de várias mulheres. São integrantes, batizadas como os outros
membros.”
Porém, para facção essa
participação ainda é pequena. “Há uma tendência a expandir o quadro feminino
sim, isso ficou claro nos bilhetes encontrados pela investigação” explica o
promotor. Segundo ele, as mulheres do PCC são tratadas com igualdade, mesmo que
não ocupem as posições mais importantes na hierarquia ainda. “Uma vez batizadas,
elas possuem os mesmos direitos e deveres que os homens.”
Iniciação no crime organizado
- As primeiras mulheres a participarem do PCC entraram por meio de ligações
afetivas com algum membro. Elas acabavam participando junto com os companheiros
de crimes ou os substituindo quando eram presos ou tinham dívidas.
Porém, o promotor afirma que
nessa expansão o foco da facção são mulheres que já tenham uma vida iniciada no
crime. “Não estamos falando de mulheres de presos, estamos falando de bandidas,
de pessoas criminosas. Elas transportam armas, vendem drogas, matam pessoas.
Precisam fazer tudo que os homens fazem”.
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