Adriano Moreira Silva, o ‘Adriano
Mombaça’, 37, é natural da cidade paulista de Ferraz de Vasconcelos
Um homem apontado como traficante
internacional ligado à organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC)
e foragido da Justiça Federal foi preso em um motel no Município do Crato, na
tarde da última sexta-feira (20), em uma operação da Polícia Federal (PF), com
apoio da Polícia Militar (PM). Esta não é a primeira vez que membros da facção
paulista com notoriedade nacional são descobertos no Ceará, neste ano.
Segundo fontes da Polícia,
Adriano Moreira Silva, conhecido como ‘Adriano Mombaça’, de 37 anos e natural
da cidade paulista de Ferraz de Vasconcelos, estava dentro de um motel, no
bairro São José, na companhia de cinco amigos (dois homens e três mulheres), no
momento em que os policiais federais e militares realizaram a abordagem.
Com o grupo, foram apreendidos
uma pistola roubada da Polícia Federal no ano de 2012 e um veículo. Adriano
estava sem documentos, mas foi identificado pelas equipes. Não houve reação por
parte do suspeito. PMs da Força Tática (FT) e do Batalhão de Policiamento de
Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio) deram apoio à ofensiva dos
federais, devido a periculosidade do homem apontado como traficante
internacional.
Os seis suspeitos foram
conduzidos ao prédio da Polícia Federal em Juazeiro do Norte. No depoimento,
eles alegaram que vieram ao Ceará para um festival cultural que acontece no
Crato neste fim de semana. Conforme policiais, ‘Adriano Mombaça’ teria esse
apelido por ter familiares naturais do Município cearense que leva este nome.
Ele e os amigos também afirmaram que estavam em um motel porque todos os hotéis
e pousadas do Crato estavam lotados.
Adriano era foragido da Justiça
Federal há cerca de dois anos e foi colocado atrás das grades na tarde da
última sexta-feira (20). Contra ele, havia um mandado de prisão em aberto,
expedido pela 3ª Vara Criminal da Justiça Federal no Mato Grosso do Sul, em
2016. A prisão foi confirmada pela Superintendência Regional da Polícia Federal
no Ceará.
As cinco pessoas que acompanhavam
o foragido prestaram depoimento à PF e, segundo um policial federal, seriam
liberadas em seguida, pois não havia nada contra elas.
Facção no Ceará - De
início, fontes da PM chegaram a afirmar que ‘Adriano Mombaça’ era suspeito de
participar dos assassinatos dos membros da cúpula do PCC, Rogério Jeremias de
Simone, o ‘Gegê do Mangue’, e Fabiano Alves de Souza, o ‘Paca’, em Aquiraz,
Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), em fevereiro deste ano.
Contudo, horas após a prisão de
Adriano, fontes ligadas à inteligência da Secretaria da Segurança Pública e
Defesa Social (SSPDS) negaram o envolvimento do foragido com o duplo homicídio.
Apesar de não haver comprovação acerca de uma proximidade entre os três
criminosos vinculados ao PCC, a detenção mostra que os integrantes da facção
paulista permanecem presentes no Ceará, transitando, inclusive, pelo Interior.
A presença de ‘Gegê do Mangue’ e
‘Paca’ no Estado só foi descoberta pelas autoridades policiais após o crime
cinematográfico. As investigações do caso apontaram que as lideranças do PCC
adquiriram diversos imóveis e veículos de luxo e levavam uma vida de
ostentação, no Ceará.
Poucos dias após as execuções de
‘Gegê’ e ‘Paca’, um outro membro da organização criminosa paulista foi
encontrado em território cearense. O mineiro Claudiney Rodrigues de Souza, o
‘Cláudio Boy’, foi preso pela Polícia Federal quando tentava desembarcar de um
voo, em São Paulo, que havia partido de Fortaleza horas antes. Ele residia na
capital cearense há pelo menos quatro anos e circulava entre a elite local.
Claudiney também era procurado pela Interpol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário