Lucas, de 21 anos, morreu após 22
dias internado em hospital de Santos
O jovem de 21 anos espancado por
seguranças de uma casa noturna em Santos, no litoral de São Paulo, não resistiu
e morreu, na noite deste domingo (29). Lucas Martins de Paula havia voltado ao
coma induzido, após ter a sedação retirada durante algumas horas pela equipe médica
da Santa Casa de Santos.
Lucas foi agredido durante a
madrugada do dia 7 de julho, dentro e fora do Baccará Bar e Backstage, no
bairro Embaré. O pai do jovem, Isaías de Paula, contou que amigos que estavam
com o estudante - que alegaram em depoimento à polícia que também apanharam -
relataram que o filho foi ao caixa para pagar a conta, quando notou a cobrança
de R$ 15 a mais na comanda, correspondente a uma cerveja. Os seguranças foram
chamados, e a confusão teve início.
A sedação havia sido retirada
pelos médicos que atendiam Lucas. No entanto, segundo Isaías, horas depois do
procedimento, o jovem começou a apresentar movimentos involuntários bruscos, o
que, segundo a equipe, não era favorável a ele, diante de seu quadro de saúde.
Assim, foi decidido pela retomada da sedação.
No início da noite deste domingo,
às 19h, após 22 dias de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Lucas
não resistiu ao quadro grave e faleceu. Segundo nota divulgada pela Santa Casa,
o paciente, mesmo no período em que ficou sem sedação, não demostrou qualquer
resposta neurológica.
Peritos fizeram análise em casa
noturna onde jovem foi agredido em Santos
Investigação e indiciamento
- A Polícia Civil indiciou três seguranças e o dono do estabelecimento por, até
então, tentativa de homicídio contra o universitário Lucas Martins de Paula.
Inicialmente, o advogado da casa
noturna negou que os funcionários tivessem participado. Entretanto, o defensor
mudou a versão no dia 10 e admitiu o envolvimento dos profissionais, que foram
apresentados à polícia.
Na quarta-feira (25), o
empresário Vitor Alves Karam, dono do Baccará, e um segurança foram os
primeiros a serem indiciados. Na quinta-feira (26), foi a vez de outros dois seguranças,
um deles o chefe do setor, que, para a polícia, se omitiu diante da confusão,
registrada por meio de câmeras de monitoramento.
Parte das imagens foi recuperada
pela Polícia Científica, depois que peritos recolheram os equipamentos de
gravação no estabelecimento. O sistema, segundo informações divulgadas pela
própria casa, estaria inoperante, em razão de um curto circuito ocorrido
semanas antes da briga, que deixou Lucas ferido gravemente.
Lucas, de 21 anos, morreu após
ficar 22 dias internado em Santos
Nenhum comentário:
Postar um comentário