Renato Jorge e Erivaldo Rodrigues
foram mortos em menos de duas semanas
Um mistério envolve a morte de
mais um advogado na cidade de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza
(RMF). Áudios postados em um grupo de
advogados em um aplicativo de celular revelam diálogos travados na noite
passada entre profissionais da área em
que estes questionam o que teria motivado os assassinatos. Surge, então, a
citação de que os advogados podem ter sido mortos por terem “traído” as
facções, defendendo na Justiça criminosos integrantes de facções rivais,
Este foi o segundo crime
vitimando profissionais do Direito naquele Município em duas semanas. O corpo
do advogado criminalista Renato Jorge Rocha Bezerra foi encontrado com marcas
de tiros e provável tortura, pois estava algemado. A Polícia supõe que antes de
ser morto, o advogado tenha sido sequestrado.
O corpo do advogado foi
encontrado no bairro Parque Soledade. Ele estava manietado, com as mãos para
trás, com algemas plásticas descartáveis. Tiros foram disparados à queima-roupa
contra a vítima. A princípio, a hipótese de um latrocínio (roubo seguido de
morte) está descartada. Nada teria sido roubado do advogado.
Há duas semanas, outro advogado
que também atuava na área Criminal na mesma cidade foi morto. Tratava-se de
Erivaldo Rodrigues, que também era ex-vereador daquele município e policial
civil aposentado. Rodrigues foi assassinado, a tiros, dentro do seu escritório,
a pouco metros do Fórum da cidade.
Os crimes estão sendo
investigados em conjunto pela Delegacia Metropolitana de Caucaia (DMC) e
Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Pistas - No diálogo entre
os advogados, um deles questiona ter ouvido boatos e recebido a ligação de um
cliente que, supostamente, seria de uma facção, perguntando sobre o assassinato
de ontem.
Na conversa terá sido revelado
que uma facção não aceita que o advogado que esteja trabalhando na defesa de um
integrante seu seja, ao mesmo tempo, defensor de bandidos da facção rival. Essa
rixa envolveria as facções Comando Vermelho (CV) e Guardiões do Estado (GDE).
As autoridades da Segurança
Pública e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (Secção Ceará), ainda
não se manifestaram sobre o caso.
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