Policiais da UTO/DAS deram apoio
ao colega na hora da mudança
A Secretaria da Segurança Pública
e Defesa Social (SSPDS) e a Delegacia Geral da Polícia Civil do Ceará (DGPC)
continuam em silêncio acerca do episódio ocorrido neste fim de semana, quando
um agente da instituição foi expulso de
sua residência por bandidos de uma facção criminosa. A vítima é um policial
civil, inspetor lotado em uma delegacia da Região Metropolitana de Fortaleza,
cuja identidade é mantida em sigilo por razões de segurança. Após reagir a uma tentativa de assalto e
ferir a tiros um dos bandidos, o inspetor foi ameaçado de morte e obrigado a se
mudar do bairro em até 24 horas.
O fato ocorreu na manhã do último
sábado passado (11), quando o policial chegava à sua residência, no bairro
Canindezinho, no Grande Bom Jardim. Ele
havia trabalhando na noite anterior e quando chegava em casa percebeu a
aproximação dos criminosos em uma motocicleta. O inspetor reagiu imediatamente,
sacando sua pistola e atirando contra a dupla. Um dos bandidos ficou ferido,
mas mesmo assim, a dupla fugiu. Logo depois, começaram as ameaças.
A casa onde morava o policial e a
família passou a ser observada por bandidos que passavam constantemente pelo
local em motocicletas, num gesto de ousadia e intimidação.
Percebendo que estava em risco
junto com a família, o inspetor decidiu deixar o bairro o mais rápido possível
e, para isto, pediu segurança para realizar a mudança. Policiais da Unidade
Tático Operacional (UTO), da Divisão Antissequestro (DAS) da Polícia Civil,
foram mobilizados para dar apoio ao colega enquanto era realizada a mudança.
Sequência - A ação
criminosa logo repercutiu na vizinhança e ganhou repercussão nas redes sociais.
Um sentimento de indignação tomou conta da instituição. Comentários em tom de
revolta foram postados em aplicativos de celular. Entretanto, nada disso foi o suficiente para
que a cúpula da Segurança Pública e da própria Polícia Civil viessem a se
manifestar publicamente acerca do fato. O delegado-geral, Everardo Lima; e o
secretário da Segurança, André Costa, se mantiveram silentes, fato que causou ainda
mais indignação da classe.
A expulsão do policial e de sua
família de sua residência dá seguimento às ações de facções criminosas na
Capital. Há duas semanas, uma série de ataques foi registrada na Grande
Fortaleza, com a queima de ônibus e atentados contra delegacias de Polícia,
bases da PM e outros órgãos públicos e até agências bancárias.
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