segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Em meio a intenso tiroteio, presos do Comando Vermelho escapam da CPPL 4

Um grande buraco foi localizado na cerca metálica que circunda o presídio

Uma fuga em massa de detentos da Casa de Privação Provisória da Liberdade Agente Elias Alves da Silva, a CPPL 4, no Município de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), foi registrada na madrugada desta segunda-feira (13). O presídio está reservado para presos que se intitulam membros da facção criminosa Comando Vermelho (CV).
A Polícia Militar, responsável pelo policiamento externo das unidades carcerárias, e guarda interna composta por agentes penitenciários, reagiram. Houve tiros na parte externa junto às guaritas.
O número de presos que teriam escapado não foi revelado pelas autoridades da Secretaria Estadual de Justiça e da Cidadania (Sejus), responsável pela administração do Sistema Penitenciário do Ceará.  Fontes da PM informaram que muitos tiros foram disparados durante a madrugada. A fuga teria ocorrido por volta de 4 horas.
Uma das celas estava vazia no momento em que foi feita uma primeira varredura. Outro detalhe também chamou a atenção das autoridades foi um buraco localizado na cerca de arame que circunda o presídio.  Os detentos podem ter escapado pelo buraco no alambrado enquanto recebiam apoio externo, isto é, bandidos que disparavam tiros contra as guaritas para desviar a atenção da segurança.
Segundo o último levantamento da Sejus sobre a população carcerária do estado, a CPPL 4, destinada aos presos do Comando Vermelho, contava até o mês passado com cerca de 1.848 presos, quando na verdade, sua capacidade é para abrir até 944 detentos, portanto, a unidade apresentava um excedente de 904 presos, o que representa 95,8 por cento de superlotação.

Túneis - Na semana passada, duas unidades do Sistema Penitenciário do Ceará registraram tentativas de fugas coletivas de presos no Ceará. A primeira, na Casa de Privação Provisória da Liberdade Professor Jucá Neto, a CPPL 3, em Itaitinga (na RMF), e segunda, na Penitenciária Industrial e Regional do Cariri (PIRC), conhecida como “Tourão”.
Em ambas as cadeias  foram descobertos túneis que dariam fuga a bandidos que se autodenominam integrantes da facção PCC (Primeiro Comando da Capital). Os agentes penitenciários e policiais militares descobriam os planos de fuga, que acabaram frustrados.

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