Em várias comunidades da
periferia de Fortaleza, famílias são expulsas de casas pelas facções
A realidade de famílias que foram
expulsas de suas residências por integrantes de facções criminosas no Ceará é
retratada em reportagens publicadas na Folha de S. Paulo e no Diário do Nordeste
nesta segunda-feira (20).
Segundo levantamento da
Defensoria Pública do Estado, desde junho de 2017 um total de 133 famílias
procuraram o órgão relatando a expulsão de suas casas por facções criminosas
que dominam principalmente a zona periférica de Fortaleza.
“Os chamamos de refugiados
urbanos, pessoas que perdem suas casas e hoje moram longe de onde sempre
viveram ou do conjunto para qual mudaram por meio de programas sociais”, diz a
defensora pública geral, Mariana Lobo.
O número de pessoas atendidas é
multiplicado por quatro, média de uma família comum, o que significaria mais de
500 expulsos. A defensora calcula, porém, que é um número subestimado, já que
muitos têm medo de denunciar.
Quem são as famílias expulsas
- O perfil dos expulsos é quase sempre o mesmo: líderes comunitários, que podem
estar atrapalhando a tomada de poder local, ou pessoas que, na visão dos
traficantes, possam ter ligação com moradores de bairros dominados por facções
inimigas e, por isso, poderiam ser informantes.
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