sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Polícia segue em busca de prefeito suspeito de homicídio

O prefeito de Santana do Acaraú, Marcelo Arcanjo, de 60 anos, segue foragido. O político e policial federal aposentado é suspeito de assassinar a tiros Augusto César do Nascimento, na última quarta-feira (29), por volta de 18h30.
O comandante da Área Integrada de Segurança (AIS) 14, tenente-coronel Francisco Assis, que participou das buscas, afirmou que, até o início da noite de ontem, a Polícia não tinha informações acerca do paradeiro de Marcelo Arcanjo.
Assis ressaltou que o boato espalhado nas redes sociais sobre um possível suicídio do prefeito, após cometer o crime, não se confirmou e prejudicou o trabalho das autoridades: "Essas informações falsas plantadas nos colocaram, algumas vezes, nas direções erradas".
A delegada Rita Porto, à frente das investigações a respeito da motivação do homicídio, acrescentou que equipes da Polícia Civil continuam as buscas pelo prefeito. Tanto a Delegacia Regional de Sobral quanto a Municipal de Santana do Acaraú estão à procura.
Segundo o tenente-coronel Assis, populares contaram que vítima e suspeito mantinham uma relação de amizade. Porém, há cerca de seis meses, Augusto César tinha sido demitido da Secretaria Municipal de Ação Social de Santana do Acaraú e discutiu com Arcanjo.
"Eles eram melhores amigos e se transformaram nos piores inimigos. Os comentários dos populares também dão conta que o prefeito passou a quarta-feira bebendo. Novas equipes da PM foram designadas e auxiliam nesse cerco".

Impacto - Entre amigos e parentes da vítima, o sentimento é de dor e revolta.
Além das sensações de insegurança e impunidade, a população demonstrou curiosidade sobre o destino do cargo de chefe do Executivo. Por Lei Municipal, o prefeito pode se ausentar por até 15 dias, sem autorização da Câmara dos Vereadores.
Marcelo Arcanjo foi eleito no ano de 2016, pelo MDB, com 52% dos votos. Conforme especialistas, além da prisão, o homicídio pode resultar em cassação do mandato, já que é uma infração "proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo".

Com informações do Diário do Nordeste

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