Alguns produtores de Iguatu estão
enfrentando dificuldades para comercializar banana no mercado externo. Além da
escassez hídrica e da destruição de parte dos plantios por ventania, nos
últimos três anos, agora a baixa comercialização do fruto vem afetando o setor
de forma drástica.
De acordo com dados, a produção
de banana irrigada já ocupou cerca de 800 hectares, mas atualmente, a área
plantada do produto caiu pela metade, se concentrando nas regiões de Penha,
Cardoso, Quixoá e Gadelha.
A variedade da banana nanica, ou
casca verde, como é mais conhecida, é a mais cultivada e apresenta média de
produção anual de cerca de 100 milheiros por hectare. Para alcançar uma boa
produtividade os produtores tiveram que investir com melhorias de produção e
manejo, a partir do uso de novas tecnologias, entre elas a irrigação
localizada. No entanto, para manter as áreas produzindo custa caro.
De acordo com o produtor rural
José Alves de Lima, do sítio Cardoso II, um dos custos mais altos está no valor
pago pela energia. Ele destaca que sem chuva as plantas necessitam de água, o
que lhe levou a investir no sistema de irrigação por micro aspersão. "Já
cheguei a pagar aqui de energia R$ 8 mil reais. Isso mata qualquer produção.
Além do adubo, que é caro e mão de obra que é necessária. Produzir banana sai
caro, e o valor da venda é lá em baixo", disse o agricultor.
Em Iguatu, a produção de banana
gera emprego direto para cerca de 400 famílias, que atualmente estão afetada
pela baixa comercialização do fruto. O preço de venda da banana nanica é de R$
90 reais, mas já chegou bem mais que esse valor. A banana já foi bem mais
valorizada.
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