Nas escolas municipais de Tianguá
foram encontrados 23 itens estragados ou fora da validade
Na cidade de Tianguá, no interior
do Ceará, a atual gestão municipal, que tomou posse no último mês de junho após
eleições suplementares, detectou irregularidades na distribuição e
armazenamento de remédios nos postos de saúde e alimentação nas escolas.
Medicamentos em falta, merenda escolar vencida e comida estragada foram alguns
dos problemas encontrados.
Os remédios vencidos foram
recolhidos para o depósito da cidade. "No máximo dois ou três com prazo de
validade em 2018. Todos serão levados e incinerados para que não haja riscos de
serem distribuídos".
A Prefeitura garante que a
situação já foi regularizada, mas em alguns postos de saúde ainda faltam
medicamentos.
Merenda escolar - No
depósito de merenda escolar de Tianguá, estão estocados 23 itens que foram
recolhidos nas escolas municipais, todos eles contaminados, mofados ou com
prazo de validade vencido. Um lote de sal de cozinha havia vencido em junho de
2016. Rapaduras que fariam parte da merenda estavam cobertas de mofo. Produtos
enlatados estavam com a embalagem danificada. Os sacos de arroz e farinha
tinham insetos dentro da embalagem. Setenta litros de bebidas derivadas de
leite e 1,2 tonelada de carne estão sem condições de consumo.
De acordo com a atual
administração, todas as 64 escolas de responsabilidade da Prefeitura tinham
itens vencidos na despensa. O problema foi identificado durante as férias
escolares. Tudo foi resolvido no retorno às aulas, segundo a Prefeitura.
Eleições suplementares - O
município de Tianguá passou por eleições em junho para a escolha de novo
prefeito. A chapa que assumiu diz que a responsabilidade dos produtos vencidos
é da antiga gestão, quando o prefeito e o vice-prefeito eram, respectivamente,
Luiz Menezes de Lima (PSD) e Aroldo Cardoso Portela (PMB). O registro de
candidatura foi impugnado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em 12 de junho de 2018, tomaram
posse como nova chapa Jaydson Aguiar e Mardes Filho, vencedores das eleições
suplementares.
O Ministério Público abriu
inquérito para apurar as responsabilidades cível, criminal e administrativa
para o ressarcimento dos cofres do município.
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