Segundo a Cogerh, em fevereiro, o
nível do Trussu deve cair para 2,7% - Com menos de 2%, pode haver dificuldade
de captação de água
O Açude Trussu que abastece as
cidades de Iguatu e Acopiara perde volume diariamente e está com 5,74%, o
índice mais baixo desde a construção, em 1996. No fim deste ano, deverá chegar
a 3%, conforme projeção do escritório regional da Companhia de Gestão de
Recursos Hídricos (Cogerh).
O nível do reservatório traz
preocupação para os moradores que temem crise de desabastecimento. O temor
cresce porque há risco de chuvas abaixo da média na próxima quadra chuvosa
(fevereiro a maio), pela possibilidade de ocorrência do El Niño, em 2019. Desde
2012 que o açude Trussu não tem recarga.
De acordo com projeção da Cogerh,
no início de fevereiro de 2019, o nível do Trussu deve cair para 2,7%. Com
menos de 2%, pode ocorrer dificuldade técnica de captação da água do açude para
o abastecimento das duas cidades, por bombeamento.
De acordo com a Cogerh, a
situação do Trussu é preocupante. "Desde 2012 o Trussu vem perdendo água,
obtendo recargas reduzidas, que se agravaram nos últimos dois anos. Ele depende
de chuvas em Acopiara e em parte de Jucás e Saboeiro, pois Iguatu pouco
contribuiu com a sua bacia".
Dentre os açudes administrados
pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), o Trussu é o que
está em situação mais difícil, segundo o chefe local do escritório do órgão,
Cléber Cavalcante. Diariamente, dezenas de carros-pipa retiram água do
reservatório para abastecer comunidades rurais e cidades da região.
Por ser um reservatório de porte
médio, o Trussu com menos de 3% deverá ter água com qualidade ruim. Assim,
Iguatu e Acopiara ficam reféns da próxima quadra chuvosa. A situação em Iguatu
até dois anos passados era confortável e a cidade não estava sequer no mapa de
risco do governo do Estado. A demanda local é de 750m³/h.
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