Helson Diego Almeida dos Santos
Castro, o 'Diego Bola', era um dos principais líderes da GDE
Um dos líderes da facção
criminosa Guardiões do Estado (GDE) foi assassinado em um lava-jato, no bairro
Henrique Jorge, na última quarta-feira (5). Conforme uma fonte da Inteligência
da Secretaria de segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a vítima do homicídio
controlava o tráfico de drogas em vários pontos da Capital e de Maracanaú, além
de ser apontado como responsável pelo consórcio que financiou a morte do
sargento PM, João Augusto da Silva Filho, o 'Joãozinho Catanã', condenado por
fazer parte de um grupo de extermínio.
Helson Diego Almeida dos Santos
Castro, o 'Diego Bola', de 30 anos, foi ao lava-jato naquela tarde, como fazia
de costume. Conforme a Polícia Militar, membros da organização rival, Comando
Vermelho (CV), já tinham conhecimento da rotina da vítima e planejaram o crime,
com o objetivo de tomar o território do tráfico de drogas.
O líder da GDE morava no bairro
Colônia, uma das regiões onde chefiava a negociação de entorpecentes. Outros
territórios comandados por 'Diego Bola' ficavam no Planalto Pici, Bela Vista,
Bom Jardim; e em Maracanaú. 'Bola' fazia parte da hierarquia da facção, e
ocupava a cúpula junto de Auricélio Sousa Freitas, o 'Celim', Noé de Paula
Moreira, Deijair de Souza Silva e João Bosco da Rocha, o 'João Presinha'. De
todos os criminosos citados, apenas Bola e 'João Presinha' estavam em
liberdade.
O local onde aconteceu o crime
seria um dos pontos de comercialização de ilícitos do traficante, conforme a
Inteligência da SSPDS. Para ludibriar as autoridades e a população, ele levava
veículos para serem lavados, enquanto fazia cobranças e conversava com
comparsas sobre as áreas que dominava.
Prisão - De acordo com a
Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Helson Diego tinha
passagens pela Polícia por roubo e tráfico de drogas. 'Bola' chegou a ser
condenado a sete anos de reclusão, em regime fechado, por decisão da 3ª Vara de
Delitos de Tráfico de Drogas, expedida em setembro do ano passado. Porém, a
defesa do réu recorreu da sentença e ele foi colocado em liberdade enquanto o
pedido não era analisado.
Uma investigação policial
iniciada contra ele, no ano de 2012, apontou o criminoso como sócio de uma
concessionária, situada na Avenida José Bastos, na Capital. O Ministério
Público do Ceará (MPCE) apurou que 'Bola' fazia parte de uma quadrilha de
traficantes presa com 260Kg de droga importada do Paraguai e armas de fogo, em
abril de 2012.
Outra fonte da PM, afirma que o
criminoso chegou a ser 'batizado' como membro da facção Primeiro Comando da
Capital (PCC), maior organização criminosa do País. No Ceará, a facção nascida
em São Paulo é aliada da GDE, da qual 'Bola' era um dos principais líderes.
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